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Golpe do falso consórcio: entenda como agia ex-sargento da FAB indiciada por crime


A ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) que foi indiciada por estelionato pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) aplicava um golpe chamado falso consórcio. Segundo a PC, as vítimas depositavam valores na conta dela que prometia entregar uma quantia maior, mas era ela quem ficava com o dinheiro.

À TV Anhanguera, a defesa da ex-sargento disse acreditar que ela é inocente e afirma que qualquer esclarecimento será dado dentro do processo legal, respeitando as garantias constitucionais da suspeita. Segundo a defesa, dessa forma, será possível chegar a uma decisão justa no final.
Uma vítima que denunciou o caso em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF, disse que depositou R$ 5 mil na conta da investigada, com a promessa de receber mais de R$ 70 mil.

“Ela me enviou um ‘zap’ falando que uma cliente dela tinha sido sorteada num consórcio e a cliente não poderia retirar o bem, pois estava com o nome sujo. Então, ela me ofertou se eu queria comprar essa carta contemplada. [...] Como eu estava com planos de trocar o meu carro, eu aceitei, depositei, confiei que era conhecida e vendia consórcios”, descreveu a vítima no boletim de ocorrência.

Após o depósito, a ex-sargento teria pedido mais R$ 500 à vítima, segundo informações da ocorrência. A investigada não pagou o prometido, começou a dar desculpas sobre prazos do pagamento até que parou de responder mensagens e ligações.
À TV Anhanguera, testemunhas contaram que, no DF, quase 30 pessoas foram vítimas do golpe neste ano e em Goiás, há registros de vítimas em Luziânia, Valparaíso de Goiás e Anápolis.

Mais vítimas
Informações da TV Anhanguera apontam que a mulher fez mais de 40 vítimas em Goiás e no DF. O delegado Pablo Aguiar falou sobre denúncias feitas na capital federal.
“Ela falava que era responsável por um consórcio e que se a vítima desse um valor X ela poderia ser contemplada sem sorteio. Aí a vítima depositava o valor para ela e ela não contemplava a vítima, ela ficava com dinheiro”, explicou o delegado.

Ele explicou ainda que pediu a prisão preventiva da mulher, mas o pedido foi negado pela Justiça. Na Junta Militar, há processos contra a investigada por crimes contra o patrimônio, estelionato e outras fraudes.


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