No domingo, 21, aconteceu o primeiro dia de realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, nas modalidades digital e impresso. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do total de 3,1 milhões de candidatos inscritos nesta edição, cerca de 2,3 milhões compareceram às provas o que totalizou o percentual de 26% de abstenção.
No Enem impresso, foram 3.040.907 inscrições, mas destes, 25,5% não foram fazer a prova. Já na modalidade digital, que teve 68.893 inscritos, as abstenções foram de 46,1%. Esses números são menores se comparados com 2020, em que 51,5% dos alunos não foram fazer a prova.
A principal prova do país que garante ingresso ás universidades vem enfrentando uma crise. Na penúltima semana, 37 servidores do Inep pediram exoneração de seus cargos. O motivo seria um protesto contra o presidente do órgão, Danilo Dupas Ribeiro.
Os servidores alegaram “assédio moral” e falta de gestão técnica por parte de Dupas. Também denunciaram interferência na realização das questões da prova. Pouco depois da polêmica, o presidente Jair Bolsonaro declarou que agora o Enem “começa agora a ter a cara do governo”.
Na coletiva de imprensa, realizada após a aplicação do exame, Dupas alegou que “acho que os senhores que tiveram acesso a perguntas que foram feitas, puderam notar que eventualmente segue o mesmo padrão” e que “se tivesse interferência, poderia ser que algumas perguntas nem estivessem ali”.
O ministro da educação também afirmou que a demissão dos servidores se deu por conta de uma gratificação no salário. “Eles colocaram à disposição cargos em comissão. Não temos nenhum demitido. Temos, sim, 37 pedidos para abrir mão de cargos em comissão. E não é só isso. Tem a questão do GECC (Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso) e das diárias. É uma questão interna”, disse Dupas.