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Preso suspeito de tentar matar travesti a tiros após dar carona: “Travestis têm que morrer” .


Um homem de 36 anos foi preso na madrugada da última segunda-feira (18) suspeito de tentar matar uma travesti a tiros, em Nerópolis, após dar carona para ela e sua amiga. No caminho, o homem - que possui registro de colecionador (CAC) para arma – teria acusado a vítima de furto e parado em frente a um motel, onde tentou matá-la. Na delegacia, ele gritava que “travestis tinham que morrer”.

A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta de 2h de segunda. Ao POPULAR, um policial conta que o suspeito conheceu a travesti,de 26 anos, e a amiga dela, de 29, em uma festa em Nova Veneza e se ofereceu para levá-las em casa, no município de Nerópolis.

No entanto, ainda segundo o PM, o homem passou direto pelo local onde as passageiras deveriam ficar e parou em frente a um motel localizado no sentido entre Nerópolis e Goiânia, uma vez que, segundo relato da vítima, ele teria tentado ter um encontro com ela. Lá, ele acusou a travesti, que estava sentada no banco da frente, de ter furtado três correntes de ouro que estavam no bolso dele.

Tentativa de homicídio

O homem teria começado a agredi-la, momento em que as duas conseguiram sair do carro e correr. Neste momento, o homem é suspeito de ter sacado uma arma de fogo e disparado várias vezes na direção da travesti, mas sem atingi-la.

O PM informou que a vítima buscou socorro na entrada do motel, mas o homem a alcançou e passou a agredi-la. Ele teria batido com a cabeça dela várias vezes contra a parede, causando lesões no rosto, cabeça e braços.

Prisão e ameaças

A polícia foi chamada e flagrou o suspeito ainda com a arma na mão. Ele foi levado para a delegacia, juntamente com a vítima.

Ao POPULAR, o PM narra que, mesmo na presença da delegada, o homem proferia ameaças e xingamentos contra a vítima. “Ele dizia que travesti tinha tudo que morrer”, conta.

O homem permaneceu preso, mas passará por audiência de custódia. Ele deve responder pelos crimes de tentativa de homicídio, injúria racial e porte ilegal de arma, uma vez que seu registro para a pistola é de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e não permite que ele transite com o objeto.

Já a vítima recebeu atendimento médico e já recebeu alta.


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