Um padrasto de 40 anos foi preso suspeito de engravidar a enteada de 13 e obrigá-la a registrar o filho como sendo do namorado, em Palestina de Goiás, no sudoeste goiano. O delegado Ramon Queiroz, responsável pelo caso, disse que o suspeito confessou o crime e que pediu para adolescente não contar por medo de ter o casamento “destruído”.
“Ele confessou que os abusos começaram há três anos que aconteceu por diversas vezes. Ele também confessou que pediu para que a menina não contasse para que não destruísse seu casamento”, informou o delegado.
Como o nome do suspeito não foi divulgado, o G1 não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicionasse.
O suspeito foi preso preventivamente na última sexta-feira (16). Segundo o delegado, os abusos começaram quando a adolescente tinha 13 anos de idade, quando ela engravidou, mas, por medo, a menina só teve coragem de denunciar agora, aos 16 anos.
A mãe da adolescente disse à polícia que não tinha conhecimento e que achava que o homem fosse de "confiança". As investigações apontaram que, à época da gravidez, o namorado da adolescente ficou desconfiado de que o bebê não poderia ser seu filho, mas foi “persuadido” pelo suspeito.
“Ele [namorado] chegou a desconfiar e queria que fosse feito um DNA, mas foi persuadido pelo suspeito e acabou registrando a criança como sendo seu filho”, contou o delegado.
Com a prisão do autor, foi colhido o material genético dele para comprovar a paternidade. Também colhida amostras do namorado que registrou o filho à época dos fatos.
O delegado informou que, apesar de o suspeito ter convicção de que o filho é dele, o exame é indispensável para que seja comprovada a verdadeira paternidade da criança. O resultado deve sair nos próximos dias.
O suspeito continuava preso até as 16h20 desta segunda-feira (19), no presídio de Caiapônia, a 50 km de Palestina de Goiás. O delegado informou o inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias e que o suspeito será indiciado por estupro de vulnerável.