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Novo ataque a tiros nos EUA deixa ao menos 4 mortos em centro médico de Tulsa.


Os Estados Unidos registraram no final da tarde desta quarta (1º) um novo ataque a tiros, desta vez em um hospital de Tulsa, no estado de Oklahoma. A ação aconteceu poucos dias depois de massacres em supermercado e escola que provocaram debates sobre o acesso a armas no país.

Segundo a polícia, ao menos quatro pessoas morreram e outras ficaram feridas, em número ainda não especificado. O atirador, que portava um rifle e uma pistola, também morreu no local. Porta-voz das forças de segurança da cidade, o capitão Richard Meulenberg afirmou que não se sabe se o suspeito se matou após a ação ou se foi atingido pela polícia.

"É uma cena catastrófica", disse Meulenberg, segundo o jornal americano The New York Times. O ataque aconteceu no hospital St. Francis. A polícia informou em comunicado que agentes estão vasculhando cada sala do prédio para analisar o risco de novas ameaças.

A Casa Branca informou que o presidente americano, Joe Biden, foi informado sobre o tiroteio e está monitorando de perto a situação. Ele entrou em contato com autoridades locais para oferecer apoio.

A ação se dá apenas oito dias após um massacre em uma escola de ensino fundamental em Uvalde, no Texas, que terminou com 19 crianças e 2 professoras mortas. O autor, um jovem de 18 anos, portava um rifle AR-15 e, antes de ser responsável pelo pior massacre em uma escola de ensino infantil no país em uma década, também disparou contra a avó.

Salvador Ramos não tinha histórico de doença mental nem antecedentes criminais, mas fez posts ameaçadores nas redes antes do tiroteio. Ele teve uma adolescência marcada por bullying e problemas familiares e após completar 18 anos celebrou postando uma foto com dois fuzis que comprou pouco depois do aniversário. Ramos foi morto pela polícia.

O caso de Uvalde também seguiu outro episódio, em Buffalo, no estado de Nova York, no qual morreram dez pessoas num supermercado. O autor teve motivações racistas e deve ser indiciado por terrorismo doméstico.

Os dois episódios desencadearam a retomada da discussão sobre o controle de armas nos Estados Unidos. Após o ataque em Uvalde, o presidente Joe Biden fez um discurso emocionado no qual criticou o lobby pró-armas no país e defendeu o controle no acesso a armamentos.

"Estou cansado disso", disse. "Por que? Por que estamos dispostos a viver com essa carnificina? Por que continuamos deixando isso acontecer? Quando, em nome de Deus, vamos nos levantar e enfrentar o lobby das armas?"

No fim de semana, o democrata viajou a Uvalde, na terceira viagem que fez no cargo a um local de ataque a tiros em massa —no início do mês, ele esteve em Buffalo. Biden e a primeira-dama, Jill, visitaram um memorial para as vítimas e deixaram rosas brancas na placa da escola Robb.

O casal também assistiu a uma missa e se encontrou com parentes das vítimas, além de sobreviventes e socorristas. Ao sair da igreja, uma multidão do lado de fora gritou "faça alguma coisa". "Nós vamos", respondeu o democrata.

O debate sobre o acesso a armas voltou a poucos meses das eleições legislativas, em novembro, com ativistas defendendo leis que ampliem os controles para compradores de armamentos. Políticos republicanos, como o senador pelo Texas Ted Cruz e o ex-presidente Donald Trump, porém, rejeitam os pedidos de novas medidas e, em vez disso, sugerem investir em saúde mental ou reforço da segurança escolar. ​


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