Uma criança de 1 ano e cinco meses foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após ter fraturas nas duas pernas, em Anápolis. De acordo com a Polícia Civil (PC), a mãe, de 20 anos, e o padrasto, de 21, são investigados por maus-tratos e tortura.
O caso aconteceu nesta quinta-feira (18) após a mãe levar a criança para a unidade de saúde alegando que ele teria caído do berço. Contudo, a equipe médica suspeitou da versão da mãe e acionou o Conselho Tutelar, que por sua vez informou a polícia.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Aline Lopes, foi constatado que é a terceira vez que a criança dá entrada na mesma unidade de saúde por lesões.
Constatou-se que havia um histórico de lesões. Cerca de um mês antes da fratura do fêmur, o menino foi atendido naquela unidade, em virtude de uma fratura no braço. Ainda, um mês antes da fratura do braço, a criança foi atendida com um edema na cabeça e anemia profunda. Essas outras lesões não tinham sido comunicadas à polícia”, informou a delegada.
À polícia, a mãe, que é quem cuida da criança em tempo integral, e o padastro negaram os maus-tratos e repetiram a versão de que as fraturas foram causadas pela queda do berço, de acordo a investigadora.
A PC solicitou à Justiça por medidas protetivas que determinaram o afastamento da mãe e do padrasto da criança. O pai do menino mora em Palmas, no Tocantins, e deverá cuidar da criança até o fim das investigações.
A depender do resultado dos laudos periciais, o casal poderá responder por lesão corporal, maus-tratos ou tortura, de acordo com a polícia.
Conforme a delegada, além da investigação desse caso, a polícia apura se a filha mais velha da mulher, de 4 anos, também teria sido vítima de maus-tratos, pois a mãe já havia sido advertida pelo Conselho Tutelar.