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Equatorial diz que buscará deixar mais rápida a solução das falhas da distribuição de energia em Goiás.


Após assumir a distribuição de energia em Goiás, a empresa Equatorial Energia diz que buscará deixar mais rápida a solução das falhas do fornecimento de energia e o atendimento ao cliente em Goiás. A companhia comprou as ações da antiga Celg-D da Enel por R$ 1,6 bilhão e, a partir da aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), assumiu a distribuição de energia em Goiás na última terça-feira (3).

O presidente ainda afirma que "não deve faltar investimento" para ser aplicado no fornecimento e distribuição de energia em Goiás e que a prioridade da Equatorial é o "melhor atendimento ao cliente". Nascido em Goiânia, o presidente ainda diz que, por ser goiano, conhece os municípios e as necessidades dos moradores.

A empresa foi fundada em 1999, é o terceiro maior grupo de distribuição de energia do país e também atua no setor de transmissão, energia renovável e saneamento. Ao assumir a distribuição de energia em Goiás, a empresa disse que vai criar novas subestações no estado.

Inicialmente foi apresentado um plano de 100 dias para o atendimento dos 237 municípios da área de concessão, que abriga 3,3 milhões de unidades consumidoras.

O processo de venda da Celg-D pela Enel para a Equatorial foi iniciado no dia 23 de setembro, enquanto a votação da Aneel que autorizou a transação comercial aconteceu no dia 6 de dezembro. A Equatorial ganhou, então, um prazo de 120 dias para implementação da operação de transmissão de energia em Goiás, a partir da data de publicação da decisão. O processo de venda foi concluído em definitivo no último dia 30 de dezembro.

Equatorial Energia
A Equatorial tem algumas das distribuidoras com pior desempenho no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já foi denunciada pelo Ministério Público Federal por crime ambiental e está entre as companhias com maior lucro do país (entenda sobre a denúncia ao fim da reportagem). Isso porque um levantamento da empresa Economatica aponta a Equatorial entre as 30 maiores empresas em receita líquida no ano de 2021, com R$ 24,2 bilhões. Em 2020, a receita foi de R$ 17,9 bilhões.

A companhia também está entre as 30 com maiores lucros do país, com R$ 3,7 bilhões no ano passado. Em 2020, o valor foi de R$ 3 bilhões.

Além de Goiás, a companhia atua em outros seis estados brasileiros:

Maranhão
Pará
Piauí
Alagoas
Rio Grande do Sul
Amapá
Ranking das distribuidoras de energia
Equatorial Pará – 7ª posição
Enel Goiás – 27ª posição
Equatorial Maranhão – 28ª posição (penúltima posição)
CEEE (RS) – 29ª posição (última posição)
As demais distribuidoras da Equatorial não entraram excepcionalmente no ranking, pois estavam em um regime com limites de indicadores flexibilizados.

Em reunião com investidores, a empresa disse que é especialista em identificar companhias em dificuldades e promover o crescimento e reestruturação. A companhia informou ainda que terá condição de acompanhar o desenvolvimento do estado entregando energia em quantidade e qualidade suficiente.

Denúncia
Em junho deste ano, o Ministério Público Federal no Pará denunciou a Equatorial por crime ambiental e fraude após ter construído três redes de distribuição de energia ilegais dentro de uma terra indígena. O órgão pediu que a empresa pague R$ 1,6 milhão como reparação.

Ela também já foi multada em R$ 800 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) por instalar redes de energia sem autorização dos órgãos competentes.

A empresa informou que está colaborando para o desligamento das instalações necessárias e que não compactua com violações de questões ambientais.


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