A Equatorial Energia fechou a compra da distribuidora de Goiás Celg-D, da Enel, pagando 1,58 bilhão de reais e assumindo dívida de 5,7 bilhões de reais, de acordo com fato relevante publicado nesta sexta-feira.
Com o novo ativo, a Equatorial, que tem forte atuação em distribuição no Norte e Nordeste, amplia as operações para uma nova região geográfica, adicionando à sua base mais de 3,3 milhões de clientes
preço de aquisição da distribuidora poderá ainda ser acrescido de "earn-out" em função de pagamentos e recebimentos de contingências, nos termos do contrato, segundo a Equatorial.
O acordo prevê que a Celg-D pagará dívidas no valor de 5,7 bilhões de reais no prazo de até 12 meses após o fechamento da operação com a Equatorial.
A conclusão da operação junto à Enel está sujeita à aprovação pelo órgão antitruste Cade e pela agência reguladora Aneel, disse a Equatorial.
Segundo uma fonte próxima à companhia, Equatorial e Enel tiveram reunião com a Aneel para discutir o futuro da concessão de Goiás, uma vez que a Celg-D vinha tendo dificuldades para cumprir com as metas regulatórias de importantes indicadores de qualidade dos serviços, o que poderia levar à caducidade do contrato.
Ainda não há nada fechado junto ao regulador quanto à renegociação de prazos para enquadramento desses indicadores, disse a fonte, acrescentando que a Equatorial vê "muito valor" na distribuidora, uma vez que há um valor elevado de investimentos realizados pela Enel nos últimos anos que ainda não foram incluídos na base de remuneração regulatória da distribuidora.
O governador de Goiás e candidato à reeleição, Ronaldo Caiado (União Brasil), comemorou no Twitter a venda da distribuidora anunciada nesta manhã.
"Agora, vamos acompanhar de perto a transição e os serviços da nova empresa. Com a chegada da Equatorial damos um passo fundamental para superar nosso problema de distribuição de energia elétrica e vamos colocar nossa economia para voar ainda mais alto", escreveu.
A Equatorial negociava o ativo com exclusividade junto à Enel há cerca de um mês, disse a fonte.
Numa primeira etapa do processo de venda, o grupo Energisa também avaliou a compra da distribuidora.