As fortes chuvas que caíram em Anápolis nas últimas semanas trazem à tona um problema já conhecido: as interrupções no abastecimento de energia elétrica, cuja demora geram cada vez mais transtornos para a indústria, o comércio e a própria população. Diante das reclamações diárias, a Equatorial, concessionária do serviço desde janeiro deste ano, diz que está investe em regionalização das ações e em reforço de pessoal para reduzir a incidência e duração das quedas.

Após assinar o documento que formaliza a transferência do controle societário da Enel para a nova concessionária nesta quinta-feira (23), o presidente da Equatorial em Goiás, Lener Jayme, afirmou que a empresa está ciente da demanda e que prioriza a redução das falhas nos primeiros investimentos no estado. "Não só reforço no sentido de dar sustentabilidade de energia, mas com pessoas. Nossas equipes têm trabalhado diuturnamente para cumprir e buscar soluções cada vez mais efetivas e mais rápidas", disse.

Apesar disso, o gestor reforçou que, para que os moradores sintam as mudanças na prática, será necessário tempo para que as ações surtam efeito. "Nós não estamos aqui vendendo ilusões, é uma concessão difícil. Nós temos muito a fazer e até que esse período de investimentos se mature, nós temos que reduzir o tempo de recuperação de falhas através de mais pessoas e da distribuição de trabalhadores nas diferentes regiões", alegou.

Para Anápolis, a aposta é o novo ponto de distribuição que será interligado com a região do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A expectativa é que a linha de distribuição Pirineus-Daia contribua não só com a energização dos empresários já fixados no local, como beneficie parte significativa do município. "Nós estamos já começando o licenciamento para o início da construção ainda neste ano, que vai contribuir para o desenvolvimento e atendimento daquela região, beneficiando quase 200 mil consumidores", apontou.

O presidente destacou, ainda, que a empresa tem buscado aproximar os clientes anapolinos dos serviços de atendimento. "Temos a superintendência Norte, em que a base é em Anápolis. Então consumidor da cidade não precisa se deslocar até Goiânia para ser bem recebido ou para ter qualquer informação. Temos lá um gerente relacionamento e toda uma estrutura montada", reforçou.

O Grupo Equatorial Energia iniciou sua atuação em dezembro em Goiás, após conclusão da aquisição da distribuidora. Como se trata de concessão pública, contudo, é necessário assinar um aditivo ao contrato de concessão para formalizar a alteração do controlador junto à pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).