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Profissionais da Prefeitura iniciam manejo de peixes exóticos em parques de Anápolis.


Ações já acontecem nos lagos dos Parques Ipiranga e JK com o intuito de controle e preservação, e só pode ser realizada por equipe especializada.

A equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Habitação e Planejamento Urbano realizou uma ação nesta quarta-feira, 1º, no lago do Parque Municipal Ipiranga, para manejo de peixes exóticos considerados invasores em nosso bioma. A iniciativa visa a retirada de espécies que podem causar prejuízos à biodiversidade nativa. Os peixes estão sendo retirados pela equipe especializada em pesca esportiva da Caiaque Goiás, com vara e anzol. Posteriormente, serão destinados ao consumo de animais silvestres em reabilitação, resgatados pela equipe da Secretaria.

Profissionais da Prefeitura iniciam manejo de peixes exóticos em parques de Anápolis.

“Um dos maiores prejuízos que observamos nos parques aqui da cidade foi o acúmulo de nutrientes, causado em sua maioria por uma espécie específica, a tilápia. Isso estimula o surgimento de algas, diminui a oxigenação e pureza da água, causando odor desagradável e mortalidade da ictiofauna nativa (o conjunto de peixes de uma região ou ambiente)”, esclarece a médica veterinária e coordenadora do Núcleo de Fauna, Elisangela Borovoski. Outros impactos da introdução de espécies exóticas invasoras são o efeito predatório, a modificação na composição e na estrutura da comunidade, competição por recursos, processos de hibridização, aparecimento de patógenos e parasitas, dentre outros.

Durantes os estudos dos ambientes aquáticos em Anápolis foram identificados as seguintes espécies nativas do bioma Cerrado: lambari, piau, pintado e traíra. Dentre as espécies invasoras, três são mais frequentes: pacu, tilápia e tucunaré. O pacu é originário da Bacia dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. O termo “tucunaré” se refere a 15 variedades de peixes nativos das bacias Amazônica, do Orinoco e do Tocantins-Araguaia. Já a tilápia, tem origens na África e no Oriente Médio. Não se sabe ao certo como essas espécies chegaram aos lagos do município, mas isso ocorre devido à intervenção humana, de forma intencional ou não, ou através de fenômenos naturais.

A Secretaria reforça ainda que a pesca predatória é expressamente proibida nos lagos dos parques municipais. Esta ação tem um intuito de controle e preservação, e só pode ser realizada por equipe especializada com a devida autorização.


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