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Podemos mira candidatura à Prefeitura de Anápolis e aposta em Márcio Cândido.


O Podemos, após a fusão com o PSC, quer impulsionar o nome de Márcio Cândido (PSC) na disputa pela Prefeitura de Anápolis nas eleições municipais de 2024. O atual vice-prefeito da cidade é tido como a principal aposta da nova sigla, que pretende lançar candidatura própria em busca da sucessão de Roberto Naves (PP).

Em entrevista ao DM Anápolis, o deputado federal Glaustin da Fokus (PSC) revela que o processo que oficializa a fusão deve ser confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março. A medida ocorre após o partido dele não atingir a cláusula de barreira no último pleito. "Chegamos em um consenso que é melhor para o PSC, junto com o Podemos. Então foi feita uma incorporação que está agora para ser aprovada no TSE até o início do mês de março, provavelmente na primeira quinzena", afirma.

Em Goiás, o presidente estadual do PSC, Eurípedes José do Carmo, irá comandar a nova sigla. A liderança do partido em Anápolis, por sua vez, ficará a cargo de Márcio Cândido, que também é visto como potencial candidato a prefeito do município em 2024. "Queremos construir um projeto aqui na cidade, e quero que seja o Márcio Candido, que é nosso vice-prefeito. Ele tem meu apoio, do Podemos e de quem ele entender que será próximo do projeto", declara.

Para viabilizar a candidatura própria, segundo Glaustin, o partido busca a aprovação de Roberto Naves. "Se tiver a benção do prefeito, eu não tenho dúvida de que já é meio caminho andado. A gente é obediente, é muito de andar na benção aqui. E o Roberto tem o nosso respeito e nossa admiração pela forma que está conduzindo Anápolis, mas eu queria muito que nós também participássemos de um projeto desses aqui", diz.

O deputado federal argumenta, ainda, que o nome do vice-prefeito é estratégico na expansão já que ele atrai bases importantes da sigla no município, como grupos cristãos. "É um grupo político que tem um espólio muito grande. Você pega essa parte evangélica e católica, e nós temos a benção de todos eles para lançar o nosso projeto, que é o Márcio", aponta.

Além de Márcio Cândido, o grupo político do chefe do Executivo anapolino tem outros nomes ventilados, como do vereador Leandro Ribeiro (PP) e o secretário municipal de Educação, Alex Martins (PP). Recentemente, o prefeito se pronunciou sobre o apoio para algum dos nomes ventilados para sua sucessão e destacou que, neste momento, tem preocupações somente administrativas.

Porém, Roberto diz observar as possibilidades que já trabalham em defesa dos cidadãos do município. “Não é hora de ficar procurando o apoio só do prefeito. Quem decide eleição é a população. Tem que trabalhar para ter o apoio da população”, declarou Roberto acrescentado que no momento oportuno o candidato que terá seu aval será escolhido.

Expansão 
 

O novo partido, que manterá o nome Podemos e o número 20 do PSC, também trabalha para ampliar o número de eleitos para o Legislativo e Executivo municipais no próximo pleito. Conforme indicado por Glaustin da Fokus, as estratégias adotadas serão semelhantes as que foram utilizadas pelo PSC em 2019, após ele passar a integrar o grupo de liderança da legenda.

"Vem aí as eleições municipais e nós temos muitos desafios. Queremos fazer como foi com o PSC. Quando assumimos há quatro anos, o partido tinha 16 vereadores e nós conseguimos elevar para 10. Não tinha nenhum prefeito, deixamos com nove. Queremos fazer prefeitos também neste estado, além de legisladores para que o partido tenha mais pujança nas discussões, como a que estou participando agora, da reforma tributária", detalha.

Para não perder força em Anápolis, o parlamentar informa que tem conversado com vereadores do PSC para que estes o acompanhem para o partido que resultará da fusão. "Eu tenho falado muito com o João da Luz, que foi um projeto nosso como deputado federal, além do Valeriano Abreu, e nós tivemos o vereador Jean Carlos como candidato a deputado estadual. Então nós lançamos alguns projetos e essa turma está conosco. Precisamos fazer o partido crescer e evoluir para dar mais robustez nas discussões", avalia.


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