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Etanol compensa mais do que gasolina em Goiás.


Apesar da alta na bomba, o etanol ainda compensa mais do que a gasolina em Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Para os goianos, o valor médio é o mais competitivo do País, representa 66,97% do preço do derivado de petróleo, conforme dados do último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), finalizado no último sábado (09).  

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, o consumidor tem ampliado a procura pelo biocombustível por perceber a diferença. Como regra geral, o renovável compensa mais para  abastecer quando o litro custa menos que 70% do valor da gasolina. “Principalmente depois do último aumento da Petrobras, o consumidor começou a assimilar melhor.”

Assim, ele explica que o perfil das vendas nos postos tem ficado em 65% para o etanol e 35% para a gasolina. Mas, a evolução foi lenta, pois desde fevereiro de 2022 o Estado apresenta maior vantagem para o motorista ao escolher o biocombustível. “O ano passado foi todo praticamente sem compensar, depois houve redução no preço com aumento da demanda e espera pela safra”, resume.

O aumento da procura trouxe, por outro lado, dificuldade de algumas revendas encontrarem o combustível. Apesar disso, o sindicato informa que não há falta de produto, especialmente porque os grandes distribuidores estão com maior oferta. O cenário também é considerado mais favorável para os donos de postos, porque com a mercadoria mais competitiva o giro de estoque também compensa mais por necessitar de menor aporte de capital.  

No Brasil, a paridade está em 69,72%, bem acima da encontrada no Estado. Em Minas Gerais, alcançou 68,62% e 69,27% em São Paulo.  Na semana passada, o litro do etanol custava entre R$ 4,79 e R$ 4,99 na capital goiana, segundo a pesquisa da  ANP. Mesmo com aumento registrado em alguns pontos durante esta semana, a competitividade se manteve, porém mais próxima do limite, até 69%.

Entre as justificativas para a alta, o mercado tem apontado o atraso na colheita da safra de cana-de-açúcar e o aumento da demanda por etanol hidratado causado pelos reajustes na gasolina.


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