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Empresário suspeito de tentar matar travesti é solto após pagar R$ 121 mil.


O empresário de 36 anos que havia sido preso suspeito de tentar matar uma travesti após dar carona para ela, em Nerópolis, foi solto após pagar fiança no valor de R$ 121 mil. Jhysley Guida é suspeito de ter atirado várias vezes na direção da vítima e agredi-la em frente a um motel, após acusá-la de ter furtado correntes de ouro que estavam no bolso dele.

O mandado de soltura foi cumprido no final da manhã desta terça-feira (20), após o suspeito pagar o valor de 100 salários mínimos. Na decisão, o juiz alega que o valor da fiança teve como base as posses do empresário, que possui um carro modelo Toyota Corolla avaliado em R$ 150 mil e uma pistola Glock, estimada em R$ 12 mil.

O magistrado destaca ainda que, na ocasião de sua prisão, Jhysley teria se gabado de sua condição financeira ao dizer que os agentes tinham inveja dele por “não terem nada.”

Como condições para a soltura, além da fiança, o suspeito deverá usar tornozeleira eletrônica e manter distância mínima de 500 metros da vítima.

Relembre o caso

Um policial contou que o suspeito conheceu a travesti, de 26 anos, e a amiga dela, uma mulher de 29, em uma festa em Nova Veneza e se ofereceu para levá-las em casa, no município de Nerópolis. No entanto, ainda segundo o PM, o homem passou direto pelo local onde as passageiras deveriam ficar e parou em frente a um motel localizado no sentido entre Nerópolis e Goiânia. Lá, ele acusou a travesti, que estava sentada no banco da frente, de ter furtado três correntes de ouro que estavam no bolso dele.

O homem teria começado a agredi-la, momento em que as duas conseguiram sair do carro e correr. Neste momento, o homem é suspeito de ter sacado uma arma de fogo e disparado várias vezes na direção da travesti, mas sem atingi-la. O PM informou que a vítima buscou socorro na entrada do motel, mas o homem a alcançou e passou a agredi-la. Ele teria batido com a cabeça dela várias vezes contra a parede, causando lesões no rosto, cabeça e braços.

Prisão e ameaças

A polícia foi chamada e flagrou o suspeito ainda com a arma na mão. Ele foi levado para a delegacia, juntamente com a vítima.

A PM narra que, mesmo na presença da delegada, o homem proferia ameaças e xingamentos contra a vítima. “Ele dizia que travesti tinha tudo que morrer”, conta.

Ele deve responder pelos crimes de tentativa de homicídio, injúria racial e porte ilegal de arma, uma vez que seu registro para a pistola é de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e não permite que ele transite com o objeto.

Já a vítima recebeu atendimento médico e alta.


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