Baltazar Campos David, de 41 anos, suspeito de provocar o incêndio no Viaduto João Alves de Queiroz, na T-63, foi solto neste sábado (16), após audiência de custódia. Ele havia sido preso na tarde de sexta-feira (15), pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DFP-GO) e o Ministério Público manifestaram pela liberdade do suspeito e o pedido foi acatado pela Justiça.

De acordo com a DFP-GO, o processo judicial contra Baltazar vai continuar em andamento e ele não pode mudar de endereço sem comunicar o judiciário e deve comparecer ao fórum sempre que for chamado.

Baltazar foi encontrado em um quartinho, no setor Serrinha, em Goiânia.

A DFP-GO deverá atuar como defesa do suspeito, caso ele não contrate um advogado.

Entenda o caso

Nesta sexta-feira (15), por volta de 5h15, um incêndio foi inciado no Viaduto João Alves de Queiroz, na T-63 com a 85, em Goiânia. Com ajuda de filmagens, peritos puderam identificar o suspeito de iniciar o fogo. Baltazar Campos David, de 41 anos, foi preso no mesmo dia, ao final da tarde, pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

O homem contou à polícia que estava tentando pegar uma pedra de crack que caiu em um vão da estrutura do viaduto. Como estava escuro, ele colocou fogo em um pedaço de papelão para iluminar o local. O papelão caiu no vão, onde estavam colchões, cobertores e bebidas alcoólicas, e as chamas se alastraram. Vendo que havia iniciado o incêndio, o homem foi embora e não chamou ajuda.

De acordo com o delegado à frente do caso, Alécio Moreira, o suspeito deverá ser autuado por incêndio doloso, com eventual dolo, por ter assumido o risco.

À imprensa, Baltazar afirmou que o incêndio não foi proposital. "Se eles liberassem o crack, eu não teria colocado fogo lá", disse.

A identificação do homem facilitou o trabalho da investigação, porque ele arrasta uma das pernas.

O trânsito na região segue comprometido e a Prefeitura de Goiânia informou que irá retirar todas as 600 placas da estrutura e irá substituir por arte urbana.

Enquanto isso, agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) seguem no local para orientar motoristas e motociclistas.