A Polícia Civil investiga o jovem que imitou a influenciadora Leandrinha Du Art durante um concurso de fantasia em uma festa de Halloween de uma boate, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Pelas redes sociais, o delegado Manoel Vanderic disse que o rapaz pode responder por discriminação a pessoa com deficiência.
“O furto e a agressão da autoestima, dignidade e constituição de uma pessoa não é mimimi. Condenável é a relativização do outro com esse ar de superioridade que alguns ainda ostentam. Disfarçada e hipocritamente, claro”, afirmou o delegado.
O delegado explicou que praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência é crime, configurado no artigo 88 do Estatuto da Pessoa com Deficiência. A pena varia entre 1 a 3 anos de prisão, além de multa.
Ainda pelas redes sociais, Vanderic destacou que se a prática de discrimação acontecer pela internet ou por qualquer meio de comunicação social, a pena do crime aumenta. O responsável poderá cumprir de 2 a 5 anos de prisão e multa.
A Boate Homer, onde o caso aconteceu, informou que o jovem já chegou com a fantasia e que o local não teve nenhuma interferência nas escolhas de cada participante. O estabelecimento justificou também que não proibiu a participação de ninguém para evitar, justamente, parecer que estava com algum preconceito por causa da fantasia. Disse ainda que está à disposição para qualquer informação que seja necessária para ajudar a identificar a pessoa.
Revolta na web
O caso gerou revolta na internet após o influencer Ivan Baron, que usa as redes sociais para falar sobre inclusão, expor a situação com um vídeo. Diversas pessoas se mostraram indignadas e lamentaram a situação.
"Deficiência não é fantasia, todos merecemos respeito com nossos corpos", escreveu um internauta.
"Chocado com a falta de sensibilidade", disse outro homem.