Após a família autorizar o procedimento, foi concluída na manhã desta quarta-feira (11) a captação de órgãos do estudante de agronomia Wictor Fonseca Rodrigues, passageiro da caminhonete Hilux que capotou na avenida T-9, em Goiânia, durante um racha. O jovem teve a morte cerebral confirmada na última terça-feira, após finalizados todos os exames necessários.
De acordo com informações do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), foram captados os rins, fígado e córneas. Os órgãos serão destinados a cinco pessoas, todas de Goiás.
Wictor teve morte encefálica confirmada três dias após ser internado no Hugo. Ele era um dos seis ocupantes de uma caminhonete Hilux que participou de um racha na avenida T-9 com uma BMW.
Próximo ao cruzamento com a Avenida C-231, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção, invadiu o canteiro central, capotou na pista e atingiu os comércios Conseg Mais e Soluti. Imagens de câmeras de segurança mostram o exato momento do acidente.
Além de Wictor, Marcella Sonia Gomes, de 15 anos, também morreu após ser arremessada do veículo.
Polícia remarcou depoimento de motoristas
Os condutores da Hilux e BMW que teriam praticado o racha, identificados como Eduardo Henrique de Souza Resende, 22 anos, e Arthur Yuri, de 18, prestariam depoimento à Polícia Civil na tarde da última terça-feira (10).
No entanto, a defesa dos dois informou que os homens ficaram muito abalados com a notícia da morte de Wictor, o que fez com que o depoimento fosse remarcado para esta quinta-feira (12), 10h.
Ao POPULAR, o delegado Thiago Damasceno declarou que apura as circunstâncias do acidente ocorrido na avenida T-9, Jardim América, e que “todos os fatos que podem configurar algum crime serão investigados”.
À Tv Anhanguera, Damasceno disse que deve ouvir também os responsáveis pela boate onde os jovens, inclusive a adolescente, teriam passado a noite ingerindo bebidas alcoólicas. “A gente vai investigar o local onde ele [condutor] afirma ter comparecido antes, se realmente se isso se comprova. Nós temos à disposição na investigação vários elementos”.
O POPULAR entrou em contato com a defesa de Eduardo e Arthur e aguarda um retorno. A reportagem também tentou contato com a Royal pelo telefone informado nas redes sociais, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.