Uma criança de 1 ano e 5 meses fraturou a clavícula após cair de um pula-pula, em uma escola de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Maria Júlia se aproxima da borda do brinquedo, desequilibra e cai. No mesmo instante, uma funcionária pega a menina no colo e a leva para uma sala.
O caso aconteceu no dia 27 de abril, mas só foi registrado na polícia na última segunda-feira, 2 de maio. Segundo o pai, o empresário Juan Guimarães, a criança chegou em casa chorando. Ao questionar a direção da escola, Juan e a esposa, a administradora Evelyn Guimarães, não foram informados sobre a queda. “Na escola disseram que a Maria Júlia tinha acabado de acordar, que seria manha dela. Mas o choro não era normal”. Os pais perceberam que a menina sentia muita dor quando tocavam na altura de seu ombro. Após levá-la ao hospital foi constatado que ela havia fraturado a clavícula.
“Informamos à direção da escola sobre o que havia ocorrido e a diretora afirmou que iria verificar as imagens das câmeras de segurança. Como não deram nenhuma resposta, informamos que levaríamos o caso à polícia. Após isso, a diretora entrou em contato dizendo que estava com a imagens do dia da queda”. De acordo com o pai, a diretora insistia que a fratura teria ocorrido enquanto a criança pulava no brinquedo. Não convencidos, os pais assistiram toda a filmagem e viram o momento exato em que a filha passa pela tela de proteção e cai no chão.
Ao POPULAR, o pai afirmou que houve negligência e omissão de socorro por parte da escola. O caso foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal e todos os envolvidos devem ser ouvidos nos próximos dias.
Resposta
Segundo o advogado da escola, Gustavo Santana, a direção não tinha conhecimento de que a criança tinha se acidentado no brinquedo. “Depois de buscar as imagens das câmeras de monitoramento, a direção viu que a informação tinha sido omitida. Em seguida, chamou os pais e disponibilizou as imagens do acidente”.
Ainda de acordo com a defesa, em nenhum momento a direção omitiu o acidente e se dispôs a ajudar com custos ou despesas necessárias para o atendimento da criança. Sobre as funcionárias que estavam com a criança no momento da queda, o advogado informou que uma foi demitida e outra pediu desligamento da escola.