A mãe da trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que foi internada em estado grave após cheirar pimenta, postou uma foto da jovem e disse que ela já consegue se sentar durante a fisioterapia, que faz quatro vezes ao dia (veja acima). Adriana Medeiros contou ainda que a filha conseguiu ingerir o primeiro alimento desde que passou a se alimentar com sonda: ela tomou um iogurte.
“A Thais já consegue manter a coluna firme enquanto está sentada. Hoje deixamos ela assim por um tempo e assim vamos evoluindo cada dia mais, até nossa menina estar 100%. É uma longa caminhada, mas estamos dispostos para cada passo com ela”, escreveu a mãe.
A mãe contou ao g1 que essas evoluções aconteceram nesta segunda-feira (3), durante sessões de fisioterapia. Apesar disso, Adriana falou que está ciente de que ainda há uma “longa caminhada” durante a recuperação da jovem.
“Como ela teve um edema muito grave, ela não está tendo movimentos bruscos, mas tudo é com o tempo. Hoje ela tomou o primeiro Danone. Ela vai retirar a traqueostomia, por uma de metal. Essas evoluções são pequenas, mas para mim são muito grandes”, contou Adriana.
No sábado (1º), Adriana publicou um vídeo onde contou sobre o estado de saúde da filha e as expectativas para a recuperação dela (assista abaixo). Na ocasião, ela disse que a filha deve ser encaminhada para o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia. Segundo ela, a filha está sem infecções, mas está recebendo novas medicações.
Passou mal após cheirar pimenta
Thais passou mal no dia 17 de fevereiro, enquanto almoçava na casa do namorado, e chegou a ficar mais de 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Anápolis, a 55km de Goiânia. Ela cheirou um vidro de pimenta em conserva.
Segundo a Santa Casa de Anápolis, a jovem chegou a ter um edema cerebral. O namorado dela, Matheus Lopes, informou pelas redes sociais que a jovem deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Crises alérgicas
Adriana disse que a filha tinha bronquite e asma e sofria com crises alérgicas, inclusive, chegando a ficar cinco dias internada com uma bactéria no pulmão.
“A Taís contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse 'não, mãe, depois a gente faz'”, conta a mãe.
Segundo a mãe, as crise dela começaram com falta de ar, tosse, pulmão cheio e empolção no corpo, porém, ela nunca havia registrado reação à pimenta, o que causou espanto para todos.
“A gente estava em busca do teste alérgico para saber quais substâncias ela tem alergia. Ela comia pimenta em casa, tínhamos costume de comer e nunca teve problema. Como ela já estava com falta de ar, cheirou a pimenta e fechou a glote”, disse Adriana.