Os jovens têm o potencial de serem agentes de mudança. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), desde 2019, a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) compreende de 25% a 30% da população mundial. Por isso, é essencial para a Igreja investir nos jovens, para que se tornem os futuros líderes.
A geração Z é a primeira geração pós-cristã, pois cresceu em um contexto pós-cristão no Ocidente; a geração Z precisa aprender a cosmovisão bíblica praticando-a – afirma o Movimento de Lausanne, iniciativa que visa conectar influenciadores e ideias para a missão mundial.
JOVENS LOUVAM
Quando o Estado Islâmico invadiu o Iraque e a Síria, tirou o direito da população de cantar e tocar instrumentos. O sofrimento não podia ser lamentado e os louvores que davam esperança só poderiam ecoar na mente e no coração dos cristãos.
Nesse período, adorar a Deus e edificar pessoas por meio da música tornou-se um ato de resistência. Os jovens cristãos Sam, Farid e Fady decidiram se juntar e expressar o sentimento enquanto estavam deslocados em 2017 em Erbil. Eles fugiram de Qaraqosh quando os jihadistas invadiram a planície de Nínive.
Sem nada para fazer, tendo perdido tudo, a música acabou por ser alimento para a alma. Tocar nos deu energia, pudemos nos sentir vivos novamente – explica Sam, líder do grupo.
Após as forças do governo libertarem a região do domínio dos extremistas, os músicos que tocam violino, flauta e daf (instrumento de percussão persa) retornaram e recrutaram os vocais. Hoje, a banda Melody louva a Deus e espalha esperança em meio às ruinas da guerra.
IRAQUE E SÍRIA
Os jovens cristãos do Iraque e da Síria enfrentam o grande desafio de viver em países assolados pela guerra e pela invasão do Estado Islâmico. Enquanto a família e a sociedade, muitas vezes, desacreditam dos sentimentos e sonhos dos jovens, Deus os considera e os usa para realizar seus planos. Por isso, a Portas Abertas tem investido na juventude.
Precisamos investir nos que ficaram. Eles precisam crescer em fé para sobreviver à desesperança e à falta de perspectiva – afirma Thomas*, diretor de campo da Portas Abertas no Oriente Médio e no norte da África.
Entre 2015 e 2022, a Portas Abertas trabalhou na campanha Esperança para o Oriente Médio, para que os cristãos locais fossem acolhidos em suas principais necessidades e se tornassem relevantes onde estão. Mas ainda há muito a fazer pelos seguidores de Jesus na região e agora é hora de apoiar o projeto Faça a Esperança Durar.
– Queremos fortalecer a Igreja e o que resta, para que o testemunho de Cristo permaneça e o Evangelho avance – explica Thomas.
AJUDA DO ESPORTE
Desde que o trabalho começou na região, os jovens cristãos foram beneficiados com diversos projetos de discipulado. E uma das maneiras de fazer isso é por meio do esporte. Entretanto, muitos jovens cristãos sentem-se abandonados e sem esperança. Eles precisam entender que o Senhor tem um propósito maior para eles naquele local e que são como Neemias, chamados para restaurar o país e resplandecer a luz de Cristo no meio de seu povo.
Quando o Estado Islâmico invadiu a Síria e o Iraque, milhares de pessoas deixaram o território e buscaram refúgio em outros países. Muitas delas eram cristãs, o que causou uma diminuição no número de cristãos em ambos os países, que ficaram em ruínas.
Para os jovens cristãos que ficaram, não há esperança de um futuro promissor. Mas eles são o presente e o futuro desses países e precisam entender que são chamados por Deus para fazer parte da reconstrução de sua terra natal.
As circunstâncias não são favoráveis e aos olhos humanos é impossível encontrar propósito em meio a escombros de guerra, terremotos e crise econômica e política. Porém, a Igreja local foi chamada por Deus para mostrar onde há esperança e que o Senhor pode transformar ruínas em um local habitado novamente.
Jovens motivados e conscientes do chamado de Deus têm a coragem necessária para mudar a situação em que estão. Muitos foram instrumentos dele no passado e continuam sendo usados à medida que se dispõem a servir ao Senhor em obediência.