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Polícia apura novas conversas achadas em celular de professor suspeito de oferecer dinheiro a aluno em troca de sexo e nudes.


A Polícia Civil apura novas conversas achadas no celular do professor de física e coordenador de uma escola estadual, que foi preso suspeito de oferecer dinheiro a um aluno em troca de sexo e nudes, em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Após a prisão, ele foi exonerado. Um print mostra quando o suspeito enviou mensagem ao aluno o chamando para casa dele e enviou uma foto de uma nota de R$ 50.

Prints mostram quando o suspeito disse 'pode vir aqui em casa?', e enviou uma foto de uma nota de R$ 50 — Foto: Divulgação/Polícia Civil

À polícia, ele confessou o crime, mas negou que o menor tenha sido aluno dele, embora estudasse na escola em que o suspeito atua como coordenador. Ele afirmou à delegada que conhecia o adolescente da escola.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) disse que o profissional foi imediatamente exonerado de suas funções e que um processo administrativo disciplinar foi aberto para apurar o caso. A Seduc disse ainda que o contrato dele era temporário.

Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de segunda-feira (10). A Polícia Civil prendeu o homem na escola onde ele trabalha e, em seguida, fez buscas na casa dele, onde apreendeu dispositivos eletrônicos.

Polícia Civil fez buscas na casa de suspeito, onde apreendeu dispositivos eletrônicos dele — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Até o começo da tarde desta terça-feira (11), a delegada Aline Lopes, da Polícia Civil de Corumbá de Goiás, disse que nenhuma nova vítima procurou a delegacia para denunciar o profissional. No entanto, a investigadora disse que há indícios de que ele tenha cometido crimes contra outras pessoas.

De acordo com Aline, a corporação está analisando novas mensagens encontradas no celular do suspeito. Ela contou que o “modo de agir” dele com os outros jovens é o mesmo utilizado com a primeira vítima.

A diretora da escola onde o profissional atuava prestou depoimento na segunda-feira. À delegada, a mulher disse que nunca suspeitou da conduta do profissional, que trabalhou por cinco anos na unidade.

“Ela afirmou que não tinha nenhuma suspeita dele, que ninguém suspeitava. E essa é uma característica comum nestes casos, de pessoas que se passam por pessoas normais. Ela também afirmou que ele trabalha na escola há cinco anos, só que como professor há dois. Antes, ele acompanhava um deficiente físico que precisava de apoio”, disse.

Investigação e prisão
A delegada disse que começou as investigações após a denúncia da mãe de um menor que, ao notar a mudança de comportamento do filho, descobriu que ele vinha sendo assediado por um professor da escola em que estudava.

"A mãe do menor estava preocupada com uma mudança de comportamento extrema do filho. Ao mexer no celular dele, descobriu as mensagens e que o interlocutor se tratava do professor da escola", contou a investigadora.

Conforme apurado, o suspeito, que abordou o aluno através de redes sociais, oferecia dinheiro ao aluno com o objetivo de manter relações sexuais. Além disso, ele pedia fotos das partes íntimas da vítima, também em troca de pagamento.


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