"Existe a necessidade de, neste momento, responsabilizar os pais e as redes sociais pelas ameaças e ataques contra escolas", afirmou o governador Ronaldo Caiado (UB-GO), no início da noite desta terça-feira (11/4), após reunião com autoridades e representantes de sindicatos escolares no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. A declaração diz respeito às recentes ameaças de massacres em unidades de ensino de todo o País e também no Estado. "Não é mais possível admitir que os responsáveis, que sabem ter o direito de acesso a todo conteúdo da rede social dos filhos, amanhã aleguem o desconhecimento do que está ocorrendo", completa.
Em entrevista, o governador de Goiás disse que os pais de adolescentes que ameaçam ou cometem ataques contra as escolas, além de serem responsabilizados, terão que pagar pela "omissão" ou "conivência" pelos crimes cometidos pelos filhos. "Além do mais, é deixar claro que toda plataforma social terá uma ação no sentido de responsabilidade, com o objetivo de puni-los duramente. Estes projetos serão apresentados à Assembleia Legislativa ainda hoje", descreveu.
Além disso, o chefe do Executivo goiano pontua que uma prerrogativa será encaminhada à Alego para autorizar todos os coordenadores e professores de instituições de ensino no Estado a vistoriarem mochilas e bolsas de alunos que tenham alguma atitude suspeita.
De acordo com Caiado, escolas da rede estadual terão detectores de metal. Ele ressalta que o Estado já está autorizado a comprar a ferramenta, no entanto, pontua que há a necessidade de medidas mais eficientes para que pais, alunos e toda comunidade escolar tenha segurança no dia a dia das atividades de Educação.
Ameaças de ataques contra escolas de Goiás
Em menos de um mês, a Polícia Civil de Goiás identificou cinco menores que incitavam e faziam apologia a crimes de massacres em escolas, sendo um em Aparecida de Goiânia, um em Trindade, um em Inhumas, um em Bela Vista de Goiás e outro em Rio Verde.
Em todas as ocasiões, os adolescentes tinham idade entre 13 e 17 anos e utilizavam as redes sociais para fazer apologia ao crime. Nas postagens, um dos menores afirmou que mataria pessoas em duas unidades de ensino no município de Rio Verde. O adolescente ainda postava foto de armas nas redes sociais. Em posse dele, foi apreendido o aparelho celular utilizado para acessar a internet e publicar as ameaças.
No País, outros adolescentes e adultos também utilizaram do mesmo meio para fazer apologia a crimes e ataques a escolas. O caso mais recente foi o ataque a uma creche em Blumenau, onde quatro crianças foram mortas após um homem de 25 anos invadir o local.