Grupos de notícias



Operação resgata 92 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Goiás no mês de julho.


O Ministério Público do Trabalho, em operação conjunta com as Polícias Federal e Rodoviária Federal, resgatou 92 trabalhadores submetidos à situação análoga à escravidão na zona rural dos municípios de Rio Verde, Santa Bárbara de Goiás, Nazário e Montes Claros de Goiás.

As equipes de fiscalização resgataram trabalhadores que atuavam na extração de palha de milho para cigarros de palha e produção de cavaco de eucalipto. Segundo o Ministério do Trabalho, juntos, os proprietários devem uma quantia de aproximadamente R$ 810 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores. Os nomes dos fazendeiros não foram divulgados, por isso não foi possível localizar as defesas.

Em todas as quatro cidades goianas os promotores e policiais confirmaram que os trabalhadores viviam em acampamentos, dormindo embaixo de tendas e cozinhando no meio do mato.

Neste mês de julho, Goiás e Minas Gerais foram os estados com mais pessoas resgatadas. Segundo a PRF, os empregadores flagrados submetendo trabalhadores a essas condições foram notificados a interromper as atividades e formalizar o vínculo empregatício dessas pessoas. Além disso, podem ser responsabilizados por danos morais individuais e coletivos, multas administrativas e ações criminais.  

As infrações penais cometidas serão apuradas para garantir a responsabilização criminal de todos os envolvidos que lucraram com a exploração dos resgatados. Os empregados também receberam três parcelas do seguro-desemprego no valor de um salário-mínimo cada.

Trabalho análogo à escravidão

O trabalho análogo à escravidão ocorre quando há condições degradantes de trabalho, jornada exaustiva, trabalho forçado ou servidão por dívida. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT); pelo Disque 100; ou pelo site do Ministério Público do Trabalho (MPT).


//