Grupos de notícias



O grupo italiano Enel planeja vender distribuidora de Goiás antiga Celg-D.


O grupo italiano Enel planeja vender a distribuidora de Goiás, a antiga Celg Distribuição (Celg-D). A informação tem sido ventilada no mercado nesta segunda-feira (25), especialmente após publicação de matéria da Reuters em que fontes com conhecimento do assunto confirmam a movimentação. Porém, oficialmente, a empresa informa que “não comenta rumores de mercado”.

O POPULAR também entrou em contato com fontes do setor que confirmam que as últimas ações da companhia no Estado indicam a possibilidade de venda. Atualmente, a companhia é avaliada em R$10 bilhões. Um valor quase cinco vezes maior do que o preço pago pela Celg-D em 2016. A estatal foi vendida em leilão por R$2,187 bilhões. Apesar da valorização após a privatização, há dívidas que podem fazer o valor cair para R$5 bilhões e dificuldades em cumprir metas no Estado.

De acordo com a Reuters, já haveria empresas interessadas, entre elas CPFL Energia, Neoenergia e a EDP Brasil. Esta última, que pertence ao grupo português EDP, arrematou por R$1,977 bilhão a Celg Transmissão (Celg T), que era um braço da Celg D, em outubro do ano passado. Na cerimônia de assinatura de contrato, o CEO da companhia,João Marques da Cruz, ressaltou que havia ambiente para crescimento acima da média em Goiás, Estado que é considerado estratégico para a multinacional.

“Por isso, concorremos, ganhamos e pagamos preço justo. Todo dia que passa e conhecemos a empresa, mais contente ficamos em ter pago o preço que pagamos”, pontuou durante o evento, que aconteceu em fevereiro. Por outro lado, a empresa agora não comenta se há ou não interesse em uma futura compra da antiga Celg D.

Desafios 
A Enel assumiu a distribuidora goiana em 2017 e desde então enfrenta desafios para conseguir efetuar melhorias para os consumidores goianos. Depois de acordos firmados com o governo federal e estadual, além do acompanhamento da agência reguladora, a empresa corre risco de perder a concessão por descumprimento consecutivo dos planos de resultados. O principal problema está no tempo em que os consumidores ficam no escuro, que ainda não está de acordo com as metas estabelecidas como razoáveis.

De acordo com a Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) – que atua como braço da fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) –, em caso de descumprimento do novo plano de resultados em 2022, pode ser instaurado procedimento de caducidade, que é a mais grave das punições.

A Enel Distribuição Goiás é classificada entre as piores concessionárias do País. Ranking elaborado e divulgado pela Aneel mostra que a empresa teve o terceiro pior desempenho entre 29 companhias de grande porte avaliadas em 2021.


//