Na Câmara dos Deputados, o parlamentar goiano criticou a contratação de organizações sociais sem capacidade comprovada.
Anápolis tem o segundo maior PIB de Goiás ao mesmo tempo que possui milhares de pacientes aguardando por cirurgias eletivas e exames na fila de espera na rede pública. Essa contradição foi apontada pelo deputado federal Márcio Corrêa (MDB) em discurso na tribuna durante a sessão desta quarta-feira, 16. O parlamentar goiano, que é membro titular da Comissão de Saúde da Casa, participou esta semana da discussão em torno da necessidade de revisão da tabela SUS, defendendo a atualização dos valores.
“O governo federal precisa atuar na regulação e na fiscalização da fila do SUS para dar transparência à população”, comentou Márcio. Ele afirmou ainda que, “hoje, centenas de municípios têm lavado as mãos e terceirizado nossa saúde”, alertando para o prejuízo social de se contratar organizações sociais sem o respeito a uma regulamentação com critérios e diretrizes que atestem a capacidade técnica, financeira e operacional delas.
“Fica aqui o meu compromisso de provocar, sim, os órgãos reguladores, o Ministério Público Federal, sobre essas contratações, principalmente em situações que se provoca um caos na saúde para justificar contratações emergenciais”, disse o deputado.
Profissional de saúde, Corrêa trata a área como uma das grandes prioridades na agenda parlamentar. Em Anápolis, nos últimos anos, sua atuação política tem sido marcada por críticas ao modelo adotado pela administração local, que ampliou a presença de OSs na rede pública de saúde mas não solucionou problemas vivenciados pela população que utiliza o SUS no município. “Muitas vezes a saúde fica terceirizada nas mãos daqueles que nem conhecem a cidade e não têm compromisso com a população”, concluiu. O