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Estudante de medicina da UFG é indiciado por homofobia após associar gays à pedofilia em rede social


O estudante de medicina João Lucas Xavier Garcia, da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Goiânia, foi indiciado por racismo social, na modalidade de homofobia, praticado por publicação em redes sociais, após comparar gays à pedofilia. O jovem fez as postagens em uma rede social e, nas publicações, usou termos considerados homofóbicos, como “movimento gayzista”, por exemplo.

“A partir do movimento gayzista e sua defesa pela liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um pedófilo de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada?”, escreveu, na época.

A informação foi obtida pelo g1 com exclusividade, na quarta-feira (19). De acordo com a delegada Carolina Neves, o inquérito policial foi enviado para análise do Ministério Público de Goiás (MPGO) e Poder Judiciário.

O caso foi registrado no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) em março deste ano. A delegada disse que, se condenado, o indiciado pode pegar de 2 a 5 anos de prisão.

Na série de postagens, o estudante ainda usou uma charge em que dois personagens falavam sobre sexualidade e pedofilia e usou o termo “desorientação sexual” para falar de “orientação sexual” .

Postagem que estudante de medicina da UFG fez associando homofobia após associar gays à pedofilia em Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Postagens
Para começar a série de publicações, o estudante disse que ia desenvolver um pensamento diferente sobre o “movimento gayzista”, que é um termo considerado homofóbico.

“Afinal, já que tudo pode ser aceito, e todos têm que respeitar a sua forma de viver escolhida, por qual motivo o movimento LGBTQIA seria contra a pedofilia?”, escreveu em um story.

“O problema é que não é ser boiola, como já falamos no início, mas as graves consequências de defender os princípios desse movimento que podem causar um grande mal”, disse em outro.

Por fim, o investigado disse que o próprio Instagram apagou suas publicações. O perfil do estudante não está mais disponível.

Repúdio
Na época do caso, a UFG informou que recebeu denúncias sobre o caso e a equipe da Ouvidoria da UFG estava trabalhando para os devidos encaminhamentos e providências. Além disso, a universidade disse que repudiava toda forma de mensagens e ações de teor homofóbico, transfóbico, racista, misógino, de assédio moral, sexual ou quaisquer outros constrangimentos à dignidade humana.


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