Grupos de notícias



Em novo julgamento, oito vítimas de João de Deus são ouvidas nesta quinta-feira (7).


Oito novas vítimas de João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus serão ouvidas nesta quinta-feira (7) em audiência virtual realizada pelo Fórum de Abadiânia, sob a coordenação do juiz Marcos Boechat. As oitivas estavam previstas para começar às 8 horas e devem seguir por todo o dia. No total, João já foi condenado cinco vezes por crimes sexuais, além de responder por posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de posse irregular de arma de fogo de uso permitido. As penas ultrapassam 100 anos de reclusão e no início da pandemia, em 2020, ele passou a cumprir prisão domiciliar.

As condenações por crimes sexuais

Em 20 de janeiro de 2020, Teixeira foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável contra cinco pessoas. Em 25 de maio de 2021, uma condenação envolvendo violação sexual mediante fraude resultou em 2 anos e 6 meses de reclusão. Esse processo, segundo o TJGO, envolve dez vítimas apresentadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), mas o Poder Judiciário rejeitou a acusação de nove delas e o processo seguiu com apenas uma, o que justifica o tempo de pena.

Em 25 de novembro de 2021, João foi condenado a 44 anos e 6 meses de reclusão em regime inicialmente fechado pela prática de dois crimes de estupro e dois de estupro de vulnerável. A Justiça fixou indenizações por danos morais às vítimas em valores que variam de R$ 20 mil a R$ 75 mil. Neste processo constam fatos que ocorreram entre os anos de 2009 e 2018, envolvendo cinco vítimas. Com relação a uma delas, o líder espiritual foi absolvido por insuficiência de provas.

A última condenação de João aconteceu em 31 de janeiro. A Justiça determinou quatro anos de reclusão por crime de violação sexual mediante fraude. O fato do crime, conforme a denúncia, ocorreu em agosto de 2018 e a sentença determinou ainda que o líder religioso pague à vítima indenização de R$ 20 mil por danos morais. Ele conseguiu o direito de recorrer em liberdade, mas já estava em prisão domiciliar por outro processo por determinação do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).


//