Família raspa o cabelo para apoiar mulher diagnosticada com câncer: 'Surpresa muito linda'.
Maria Vitória conta que atitude dos parentes a fortaleceu para enfrentar o tratamento. Irmão disse que objetivo era não deixar ela passar por todo esse processo sozinha.
A família é o pilar de muitas pessoas. E a da dona de casa Maria Vitória Ferraz de Moura e Oliveira, de 29 anos, estava lá para dar todo apoio no momento em que ela mais precisou. Há pouco mais de um mês, ela foi diagnosticada com câncer de mama e ficou sem chão. No último sábado (18), ao decidir raspar o cabelo, foi surpreendia com vários parentes também raspando as cabeças para demonstrar o suporte.
“Foi uma surpresa, não esperava que todos eles fossem fazer. Foi uma surpresa muito linda, muito especial para mim”, disse.
Maria Vitória recebeu o diagnóstico da doença no dia 16 de agosto. No dia 6 de setembro, começou a quimioterapia. Dez dias depois, devido ao tratamento, o cabelo começou a cair. No dia seguinte, tomou a decisão de raspá-lo.
A família mora em Anápolis, a 55 km de Goiânia, e faria um lanche em casa para se reunir e Maria Vitória cortaria o cabelo. A cunhada, a sogra e o marido já tinham comentado que raspariam o cabelo para demonstrar apoio. Porém, no dia, além deles, a mãe, o irmão, o sogro e outros cunhados também se juntaram no simbolismo.
Maria foi a última a cortar o cabelo. “Para mulher, cabelo é questão de vaidade. Eu falei que não me importaria se meu cabelo caísse, que faz parte do processo, eu sabia que eu ia passar por isso. Só que a gente ainda fica receoso. Na sexta-feira [17], quando meu cabelo começou a cair, eu chorei muito, não esperava que fosse incomodar tanto”.
“Na hora que todos eles fizeram, eu não me senti sozinho nessa luta, me senti bem acolhida”, disse.
Assim como descobrir o câncer foi um impacto muito duro, a demonstração de carinho e suporte da família tiveram uma força enorme, mas para reerguer e fortalecê-la.
O irmão de Maria Vitória, o cantor Rae Victor Ferraz, de 32 anos, diz que a ação não foi combinada entre os familiares. Foi algo que cada um sentiu do coração, no momento.
“Como vimos que ela tinha ficado abalada quando descobriu a doença, decidimos que não deixaríamos ela passar por isso sozinha. Não queríamos que ela chegasse na igreja e tivesse o impacto visual, então todos nós aderimos. É uma forma dela encarar o processo com mais leveza”, contou.
A família está surpresa com a grande repercussão da ação. Maria Vitória espera que isso sirva de inspiração, consolo e fortalecimento para outras pessoas que estejam passando por essa situação.