Grupos de notícias



Criança espancada pelo pai por assistir pornografia 'chorou de alívio' ao ser entregue à mãe, diz conselheira tutelar


O menino de 8 anos que foi espancado pelo pai, em Pirenópolis, no centro de Goiás, chorou de alívio ao ser entregue à mãe pela conselheira tutelar Marcilene Aparecida de Paula.

O delegado responsável pelo caso, Rafhael Barboza, afirmou que o homem flagrou o filho vendo pornografia e o espancou.

O caso aconteceu na segunda-feira (31). Na denúncia, a mãe, que mora em Cocalzinho de Goiás, disse que o menino foi para a casa da família paterna para passar nove dias. Então, no dia da agressão, ela recebeu um print de um conteúdo adulto que estaria no telefone da criança.

“A avó paterna buscou o menino para passar férias. O pai flagrou ele vendo pornografia e bateu muito nele", explicou o delegado.
Após o caso, a conselheira tutelar buscou a criança na casa do pai e a entregou para de volta para a mãe.

Agressões
Após receber o print em seu celular, a mãe do menino ligou para a avó dele para entender a situação. Na ocasião, a mulher respondeu que a criança estava assistindo ao conteúdo adulto. Durante a ligação, a mãe disse que ouviu a madrasta da criança gritando que ele estava apanhando porque ela “não sabe criar filho".


À polícia, a mãe ainda contou que a avó disse que não iria entregar o menino de volta. Então ela foi ao Conselho Tutelar pedir ajuda para buscá-lo.

A conselheira tutelar explicou que ela quem foi até a casa do pai na tentativa de buscar o menino. Inicialmente, no entanto, ele se recusou a entregá-lo.

"Eles não deixaram eu levar. O pai dele disse que ia chamar o advogado, eu falei pra fazermos uma reunião na sede do conselho e nós conversamos", disse Márcia.
Márcia conta que quando argumentou que a guarda era da mãe, o homem aceitou a ir com o advogado até o Conselho Tutelar para conversar com a mulher do menino e a equipe do local. Foram duas horas de conversa para que o homem aceitasse que a mulher retornasse à casa dele e buscasse a criança.

Segundo Márcia, o menino ficou sob os cuidados da avó durante o tempo em que o pai estava em reunião no Conselho. Ela ainda contou que, ao chegar no local, a mulher estava muito alterada.

"Eu pedi ao pai para me darem o telefone [do menino], que eu tinha que levar. A avó foi, pegou o telefone e jogou no chão. Eu pedi de novo. O pai foi e jogou no chão e aí que quebrou tudo mesmo, a tela quebrou todinha, na frente da criança", explicou.

"Na hora que eu entreguei ele para a mãe dele, ele abraçou a mãe dele e chorou. Chorou muito mesmo", completou.
Ao chegar na casa da mãe, a criança apresentava diversos ferimentos. Ele chegou a dizer que a avó havia o segurado para que o pai o agredisse. O menino contou ainda que o homem quebrou o seu celular.

Segundo o delegado Rafhael Barboza, o pai da criança ainda será ouvido. O homem de 35 anos deve responder por maus-tratos e dano material.


//