O vendedor ambulante José Ferreira Lima Filho, de 55 anos, acusado de violência sexual, morreu no Centro de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo o delegado Wesley Silva, responsável pela prisão, ele teria cometido o crime contra pelo menos dez crianças, oito delas o consideravam como “tio”.
A prisão foi feita no dia 10 de janeiro de 2022 e ele morreu no dia 27 do mesmo mês. O óbito foi divulgado nesta sexta-feira (11), em nota da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), que informou que, durante a chamada nominal, servidores informaram que José estava passando mal e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atestaram o óbito.
No entanto, a sentença que extingue a punibilidade do acusado diz que a morte provavelmente foi um homicídio. A DGPA informou, de toda forma, que foram abertos procedimentos administrativos internos para a apuração e o caso está sendo apurado pela Polícia Civil.
A corporação informou que apenas o curso da investigação vai comprovar a causa da morte. Além disso, a apuração depende do laudo pericial do óbito.
Os crimes
O delegado informou durante a prisão em janeiro que que oito vítimas de José Ferreira Lima, conhecido como “Darinho”, têm entre 6 e 12 anos e os crimes aconteciam enquanto elas dormiam.
A polícia começou a investigá-lo após tomar conhecimento de um crime de estupro de vulnerável contra uma criança de 6 anos.
“Ele era tio por afinidade dessas menores. Então, ele aproveitava dessa condição para se aproximar, conquistar a confiança e praticar as condutas de cunho sexual”, disse o delegado Wesley Silva.
Durante a apuração, a corporação descobriu, por meio de cruzamento de dados, que ele teria estuprado pelo menos oito crianças apenas na capital, desde o ano de 2000.
"No decorrer do cumprimento do mandado de prisão, logo que ele ficou ciente de que se tratava do crime de estupro, ele tentou fugir, mas nós conseguimos contê-lo", disse o delegado.
A Polícia Civil informou que as condutas dos suspeitos consistiam na prática de sexo oral, conjunção carnal, toque nas partes íntimas e masturbação. O suspeito ainda ameaçava as crianças para que não contassem aos familiares delas.
A corporação divulgou a imagem de José Ferreira porque havia a suspeita de que existiam outras vítimas no estado.