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Mulher flagrada com sem-teto estava em fase maníaco-psicótica.


Nesta sexta-feira, 25, foi divulgado o relatório psiquiátrico da moradora de Planaltina (Distrito Federal), Sandra Mara Fernandes, 33, flagrada mantendo relações sexuais dentro de um carro com Givaldo Alves, 48, que vive em situação de rua. O documento médico aponta “hipótese diagnóstica de transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica (F31.2 CID-10)”.

O caso ocorreu na noite do dia 9 de março. Seis dias depois, 15, o laudo foi feito. Na manhã seguinte ao flagrante, a mulher foi internada no Pronto-Atendimento do Hospital Regional de Planaltina (HRPL), pois estava em um quadro de delírio e alterações comportamentais. No mesmo dia, a mulher foi avaliada por médicos psiquiátricas no Hospital da Base, onde foi diagnosticada com bipolaridade em fase maníaco-psicótica. Após consultas, os médicos decidiram interná-la. Em 14 de março, Sandra foi encaminhada ao Hospital Universitário de Brasília (HUB).

No HUB, o psiquiatra Mário de Abreu Gonçalves, citou no laudo um quadro de taquipsiquismo (aceleração do ritmo do pensamento), com hipervigília (episódio maníaco), hipertimia (excesso de agitação), comprometimento da crítica e conteúdo delirante. O Jornal Correio Braziliense teve acesso ao documento e destacou no texto assinado pelo médico que “acredita-se, neste momento, em razão de seu estado psicopatológico que a paciente não é capaz de responder por si, tampouco de exercer vários atos da vida civil, em especial o de assinar documentos e procurações, assim como de celebrar contratos ou contratar serviços de qualquer natureza”. Não há previsão de alta para a mulher.

O laudo médico aponta que desde janeiro, Sandra já havia apresentando sinais de alteração mental psicótica. “Foram descritas: alucinações auditivas, delírios grandiosos e de temática religiosa, hipertimia, falso reconhecimento, comportamentos desorganizados e por vezes inadequados”, descreve o médico no documento. Os comportamento desorganizados são entendidos como gastos excessivos, doação de pertences, resistência em se vestir e hiperreligiosidade. “Consta ainda histórico de síndrome depressiva reativa em 2017 e estado de aceleração mais atenuado em 2018, este último marcado por hipertimia com taquipsiquismo e aumento considerável de suas atividades”, finaliza Gonçalves.


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