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Mulher denuncia ter sido vítima de transfobia ao ter matrícula negada em academia de Anápolis.


Uma mulher de 30 anos denunciou ter sido vítima de transfobia ao ter a matrícula negada em uma academia de Anápolis, a 55 km de Goiânia. O caso foi registrado na Polícia Civil. Em registro, Jhenyfer Marine Elmira conta que tentou se matricular em uma unidade que era voltada apenas para mulheres, com o objetivo de se sentir mais confortável, mas não conseguiu realizar o cadastro.

“Me senti um lixo. Eu não me identifico como homem, mas como mulher”, ressaltou Jhenyfer.

O caso aconteceu na segunda-feira (19), por meio de uma conversa com uma das funcionárias da academia, que respondia pela dona, em um aplicativo de mensagens. O g1 entrou em contato com a funcionária na tarde desta terça-feira (20), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Mulher denuncia ter sido vítima de transfobia ao ter matrícula negada em academia de Anápolis.

Ela conta que iniciou o atendimento com a academia na sexta-feira (16), com o objetivo de começar a malhar na segunda-feira. No entanto, ao perguntar se não haveria nenhum receio por parte da academia por ela ser uma mulher trans, a funcionária respondeu que não poderia realizar a matrícula.

“Não é receio, devido ao padrão da academia ser só para mulheres, não conseguimos atender o seu pedido de matrícula”, disse a funcionária.
Na mensagem, a funcionária ainda pediu pela compreensão de Jhenyffer. Logo em seguida, a mulher enviou seus documentos à academia, esclarecendo que não apenas se identificava como mulher, como também é reconhecida pela lei como mulher.

Jhenyfer afirma nunca ter sofrido nenhum tipo de transfobia desde que obteve sua certidão de nascimento atualizada. Também conta nunca ter sido restringida de entrar ou frequentar qualquer lugar pelo fato de ser uma mulher trans.

“Aqui no meu bairro, por exemplo, sou bem querida e bem tratada. Sempre frequento os melhores lugares de Anápolis e nunca falaram nada pra mim”, disse.


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