A Anapolina Larissa Roberta Soares, afirma ter passado por uma situação constrangedora no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia, quando tentava embarcar para Fortaleza. Ela foi impedida de subir no avião e perdeu o voo, por usar uma bomba de infusão para diabetes. O dispositivo eletrônico fornece insulina de ação rápida por meio de um pequeno tubo acoplado ao corpo.
Larissa, que é moradora de Anápolis, disse que foi até o aeroporto da capital na quinta-feira (18) com o intuito de viajar para um fórum de saúde, em Fortaleza. No entanto, no momento em que aguardava para passar pela revista de malas, foi barrada pela equipe do aeroporto.
“As pessoas tiveram que me revistar toda para saber o que eu usava no busto, que era uma bomba de infusão. Bomba de infusão não é um equipamento que vai explodir um avião, é um aparelho utilizado para controle glicêmico”, diz Larissa. “Foi constrangedor. Perdi o voo, tive que entrar em um novo voo, tive que fazer tudo de novo. Ia chegar em Fortaleza às 11 horas e cheguei às 14 horas e com a glicemia toda bagunçada”, lamenta.
A administração do aeroporto lamentou o constrangimento e disse que está tentando contato com a passageira para esclarecer sobre os procedimentos de segurança. Mas destacou que neste caso específico, os agentes seguiram os procedimentos como prevê a legislação.
Já a Polícia Federal de Goiás disse que não foi acionada, nem tomou conhecimento dos fatos.
Quando chegou em Fortaleza, Larissa desabafou sobre o ocorrido com o cirurgião pediátrico, Zacharias Calil. O médico usou as redes sociais para dar apoio a mulher e cobrar que os profissionais melhor treinados. “Ela me disse que pediram até o manual do aparelho. Tem 42 anos que ela utiliza esse aparelho, como ela vai carregar o manual?”, perguntou o médico.