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Goiás já registra mais de 1,1 mil mortes por infarto em 2023; médico fala sobre sintomas e prevenção


A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, até o mês de maio deste ano, 1105 óbitos por infarto. Os dados da SES mostram que a média móvel de mortes devido à males cardíacos neste ano é de 221 por mês. Até o momento, o mês com mais ocorrências dessa natureza foi abril, com 252 mortes registradas, e o mês com menos casos foi maio, com 172 óbitos.

O cardiologista Tannas Jatene fala sobre sintomas e cuidados que são importantes para prevenção contra a maior causa de mortalidade no mundo.

Quando questionado sobre os principais causadores dos ataques cardíacos, Jatene explica: “Infarto ocorre quando uma placa de gordura na artéria do coração se rompe, obstruindo o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco”. O especialista aponta alguns fatores que podem induzir ao mal súbito. Entre eles estão: tabagismo, diabetes, hipertensão, histórico familiar, obesidade, colesterol alto, sedentarismo e estresse.

Falando sobre sintomas, Tannas diz que o infarto pode apresentar alguns sinais menos típicos. O sintoma mais conhecido é a dor no peito, em queimação ou em aperto, que irradia para braços ou mandíbulas. Junto a essa dor, podem surgir náuseas e sudorese. Entretanto, o médico alerta para casos onde o infarto acontece sem a dor típica. Em grupos como idosos, mulheres e pacientes com diabetes, é mais comum a ocorrência de infarto apenas com sintomas como falta de ar, sudorese com náuseas ou palpitações.

Como método de prevenção, o especialista aponta para práticas constantes. É importante manter uma boa alimentação, praticar exercícios com regularidade, evitar tabagismo, fazer visitas regulares ao médico para controle da pressão arterial, da diabetes e dos níveis de colesterol, além de evitar situações de stress. Tannas reforça que, caso algum dos sintomas do infarto mencionados acima apareça, independente da intensidade, é fundamental comparecer a um médico para controle da situação.

O especialista deixa claro que a ciência já sabe quais práticas adotar para previnir infartos, já se sabe das origens dos males cardíacos, e também já existe medicação para tratar. Os principais desafios são dois: comprometimento do paciente com a profilaxia e atendimento rápido em caso de crise aguda.

O profissional

Tannas Jatene é graduado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP), é pesquisador parceiro da escola de medicina de Harvard e é membro titular da sociedade brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).


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