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Falso fiscal da Receita Federal, ‘Don Juan’ fez ao menos sete vítimas em Goiás, diz delegado.


Investigações apontaram que ele se passava por servidor de instituições para conseguir dinheiro, principalmente, de mulheres. Suspeito ostentava vida de luxo nas redes sociais.

A Polícia Civil de Goiás acredita que David Alves Bezerra, de 30 anos, preso no Ceará suspeito de estelionatos pelo país fez pelo menos sete vítimas em cidades goianas no Entorno do Distrito Federal. De acordo com a delegado Leonilson Pereira, o “Don Juan” se passava por fiscal da Receita Federal e de outras instituições para conseguir dinheiro das vítimas, principalmente mulheres.

“Ele dizia que tinha acesso a bens eletrônicos de alto valor, que seriam leiloados por um valor bem abaixo do preço de mercado. Com isso, ele conseguia que as vítimas realizassem transferências financeiras na promessa de entregar esses objetos”, afirmou.
O G1 não conseguiu localizar a defesa de David Alves Bezerra até a última atualização desta reportagem.

Policiais do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Valparaíso de Goiás cumpriram, na segunda-feira (17), um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que já cumpre pena no Presídio de Caucaia, no Ceará. Conforme o delegado, em Goiás o suspeito causou um prejuízo de R$ 50 mil às vítimas.


Investigações apontam que, com o dinheiro arrecado por meio dos golpes, o suspeito ostentava um vida luxo nas redes sociais. De acordo com o delegado, David chegava a usar uniformes das instituições para dar mais credibilidade a sua atuação.

“Tivemos acesso à imagens que demonstram uma vida de luxo que ele levava, o qual exibia suas viagens, andanças em carros de luxo e manuseio de altos valores em dinheiro”, afirmou.
A reportagem solicitou um posicionamento à Receita Federal, na tarde desta terça-feira (16), já que o suspeito divulgava fotos usando o uniforme da instituição, e aguarda retorno.

Ainda conforme o delegado, a investigação, que começou há seis meses, continua com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas. Também por isso, a corporação optou pela divulgação da imagem do investigado.

“Esperamos surgirem mais vítimas e testemunhas de delitos anteriormente cometidos por ele, além de evitar novas aplicações de golpes dessa maneira”, concluiu.

De acordo com o delegado, o criminoso procurava por mulheres e as persuadiam a encontrar compradores para os supostos objetos que ele vendia, por isso, o nome "Don Juan". Conforme o investigador, David seduzia as vítimas e fazia promessas que não eram cumpridas.

“As vítimas transferiam os valores e na data acordada para entrega dos objetos ele sumia. Para isso ele se utilizava de contas bancárias de terceiros, os quais caíam no encanto do golpista, sacavam os valores e repassavam para ele”, afirmou.


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