A empresária Murielly Alves Costa, acusada de matar Bárbara Angélica Barbosa Silva atropelada e de tentar matar a esposa dela, Kamylla Lima, em uma distribuidora de bebidas, em Goiânia, irá a júri popular. A decisão, que foi emitida na última segunda-feira (21), é do juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva. A data do julgamento ainda não foi marcada.
No documento, que mantém a prisão preventiva da acusada, o juiz afirma que “Há indícios de que a acusada possa ter lançado seu veículo contra as vítimas, atropelando-as, causando a morte de Bárbara e não consumando seu intento em relação à Kamyla, por circunstâncias alheias à sua vontade, uma vez esta que foi socorrida e encaminhada para atendimento médico”, ressalta.
Relembre o caso
O crime teria sido motivado por uma discussão entre a acusada e as vítimas. Murielly é suspeita de atropelar as duas mulheres de propósito, causando a morte de uma e ferimento na outra em frente a uma distribuidora na Avenida Rondônia, no Jardim Pompéia. Logo depois do atropelamento, a mulher fugiu do local e foi encontrada em Nerópolis, cidade vizinha de Goiânia.
A Polícia Civil foi acionada por volta das 6h da manhã e localizou Murielly. Ela responde pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Quando foi presa, Murielly alegou que não se lembrava do crime e que só percebeu que seu carro estava amassado após a abordagem policial. Em seu depoimento, a ré disse ter transtorno de borderline, cujos sintomas incluem instabilidade emocional, impulsividade e alterações no humor.
Durante as investigações
De acordo com a investigação, Murielly provocou clientes que estavam na distribuidora e agrediu o filho do dono. As vítimas (a esposa de Bárbara também foi atropelada) e outras pessoas, tentaram conter a empresária e houve uma discussão. Então, Murielly entrou no seu carro e atropelou as mulheres.
A empresária alegou, durante o exame, que já fez tratamento psiquiátrico quando tinha 13 anos, depois de sofrer um suposto abuso, mas disse que o tratamento não era feito de forma regular. Além disso, ela afirma que só conseguiu se lembrar do atropelamento três meses depois, quando já estava presa.
O laudo médico aponta que Murielly, mesmo na prisão, faz uso de remédios para tratar alcoolismo, transtorno bipolar e depressão. O documento atesta que ela usou medicamento para epilepsia até os 5 anos de idade. Segundo a empresária, ela começou a consumir bebida alcoólica aos 13 anos e fazia isso todos os dias.