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De Anápolis para Brasília: Lista de pré-candidatos anapolinos tem nomes conhecidos e com potencial de voto.


A lista atual de pré-candidatos a deputado federal em Anápolis apresenta nomes mais competitivos, um diferencial em relação à eleição de 2018. No pleito passado, a ausência de nomes com estrutura para a campanha, ou mesmo reconhecidos e experimentados na política, abriu espaço para que candidatos de outras cidades abocanhassem parte expressiva dos votos dos anapolinos.

Embora não eleito, Valeriano Abreu (na época no Podemos e hoje no PSL) foi o mais bem votado para deputado federal em Anápolis na campanha passada, com 27.536 votos. Reeleito, Rubens Otoni (PT) teve 19.780 votos no município. Os cinco seguintes na lista não são da cidade – o deputado Delegado Waldir (PSL) alcançou a impressionante marca de 19.487 votos dos anapolinos.

Otoni é candidato à reeleição neste ano – o diretório municipal do PT já se reuniu e deliberou pela candidatura. O petista tentará seu sexto mandato consecutivo. Apesar da sua vitória não ter sido ameaçada em nenhum momento na eleição de 2018, Rubens teve um perda considerável de votos na cidade de um pleito para o outro – de 55.680 em 2014 para 19.780 em 2018.

Na última semana o presidente da Câmara Municipal, Leandro Ribeiro (PP), confirmou a sua pré-candidatura a deputado federal. Experiente e articulado, é considerado um nome de peso para vencer as eleições – o que os analistas afirmam é que uma possível vitória de Leandra passa pela expansão das suas bases para outras cidades. Ou seja, é preciso pedir votos não apenas em Anápolis.

O presidente do MDB de Anápolis, Márcio Corrêa, também deve tentar uma cadeira na Câmara Federal. Empresário bem sucedido – o que representa que dinheiro não será problema na sua campanha – o emedebista tem pela frente um teste de fogo, já que a eleição de 2022 serve também para confirmar se Márcio efetivamente se tornará uma liderança política em Anápolis. Após o terceiro lugar na disputa para prefeito em 2020, ele precisará mostrar que os 29 mil votos que recebeu foram efetivamente pelo projeto que apresentou ou um escape daqueles que queriam fugir da polarização.

Vereador por dois mandatos e membro de uma família com tradição política, Fernando Cunha é pré-candidato a deputado federal pelo PSDB. Atualmente na presidência da Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT), ele optou por não tentar uma nova eleição ao final da sua segunda passagem pela Câmara Municipal – geralmente os políticos só fazem isso quando perdem. Desde então, Fernando sempre é cotado em um momento como esse de pré-campanha. Apesar da aposentadoria precoce nas urnas, ele não deixou o debate político, mas precisará, lógico, retomar contatos e reencontrar as bases.

Outro pré-candidato, e que vem se articulando desde o final do ano passado, é o vice-prefeito Márcio Cândido (DEM). Em seu segundo mandato no cargo, aliado de primeira hora do prefeito Roberto Naves (PP), Márcio tem visitado cidades, buscado apoio dentro do segmento evangélico, ele é pastor, e conversado com outros possíveis candidatos com quem pode fazer dobradinhas. A definição de momento do vice-prefeito é quanto ao partido – com o fim do DEM, ele analisa se segue no recém-criado União Brasil e o quanto isso pode lhe ajudar na busca pela vitória.

O cantor gospel Samuel Santos (PTC) também é cotado para a disputa de deputado federal. Ele ficou próximo da vitória em 2018 – teve 31.800 votos e só não garantiu uma vaga porque a sua coligação não ajudou. Em Anápolis foram 4.635 votos conquistados.

O delegado aposentado da PF Humberto Evangelista, atualmente no PL, também pretende disputar eleição para Câmara Federal. Ele segue seu projeto de conquistar um mandato eletivo: já disputou eleição de prefeito e de deputado estadual. Já o ex-vereador José Chaveiro pode voltar para uma campanha: ele é cotado para a disputa de deputado federal pelo PSB.

Dessa lista, apenas um novato: Júlio Pró Armas, do PMN. Empresário e advogado em Anápolis, o pré-candidato entra na campanha com o objetivo de contemplar aqueles que defendem o armamentismo civil. Sua base de campanha será clubes de tiro, associações de defesa da causa e, claro, aqueles que mesmo não estando ligado a grupos entendem como importante o direito à posse de uma arma.


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