A Polícia Civil (PC) de São Paulo prendeu o procurador Demétrius Oliveira de Macedo na manhã desta quinta-feira, 23, em uma clínica em Itapecerica da Serra, município da região metropolitana da capital paulista localizado a cerca de 150 quilômetros de Registro. Ele teve a prisão preventiva determinada pela Justiça na quarta-feira, 22, após agredir brutalmente a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, segundo informações do Estadão.
A prisão foi anunciada nas redes sociais pelo governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB). “Que a Justiça faça a sua parte agora e use contra ele todo o peso da lei. Agressor de mulher vai pra cadeia aqui em SP. Denuncie sempre”, postou.
Atacada na tarde de segunda-feira, 20, a procuradora ficou com diversos ferimentos pelo corpo, especialmente no rosto. Ela acredita que as agressões foram motivadas por ter aberto uma proposta de procedimento administrativo contra Macedo após receber relatos de uma funcionária de que teria cometido atitudes hostis. Horas antes do episódio de violência, uma publicação do Diário Oficial determinou a criação de uma comissão para apurar a situação.
Demétrius Oliveira Macedo disse à Polícia Civil que agrediu a colega de trabalho por sofrer “assédio moral” no local de trabalho. A ação foi filmada por outra funcionária e mostra o procurador desferindo socos e chutando a colega. Depois de depor, o homem foi liberado porque o delegado responsável pelo caso considerou que “não havia uma situação de flagrante”.
Afastado do cargo
O procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, foi afastado do cargo nesta quarta-feira, 22, e teve o salário suspenso. A informação consta no Diário Oficial do Município.
Segundo o portal G1, o processo administrativo aberto contra o agressor deve resultar na exoneração do servidor público. “É necessário seguir essa etapa e os tramites legais para que a decisão seja tomada de maneira consistente”, esclareceu a prefeitura.
O caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Registro. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara da Comarca de Registro, após um pedido ser aberto pela Polícia Civil na quarta-feira.