A Polícia Civil informou que o bebê Ravi Lorenzo, de 2 meses, morreu por conta de uma pneumonia neutrofílica bilateral, em Formosa. No início de março deste ano, o caso do menino ganhou repercussão pois suspeitava-se que a morte dele havia sido causada pela ingestão de um colírio, vendido por engano por uma farmácia da cidade.
A conclusão do inquérito foi anunciada nesta segunda-feira (14). De acordo com o delegado Paulo Henrique Ferreira dos Santos, o exame histopatológico concluiu que a morte do menino aconteceu em função da pneumonia, e não por conta do colírio. Já o exame toxicológico não conseguiu detectar as substâncias no colírio no corpo da criança.
“É uma prova técnica, inquestionável. Estamos em fase de relatório final, mas as investigações foram concluídas. Até quarta-feira (16) o processo vai estar no Ministério Público e aí nós vamos aguardar o parecer do promotor de justiça”, detalhou o delegado.
Entenda o caso
À polícia, mãe do menino contou que ele estava com náuseas, vômito e febre, no dia 4 de março. Por isso, o levou até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Formosa. Lá, o médico prescreveu três medicamentos, entre eles, o Bromoprida, que evita vômitos. Mas quando o avô de Ravi foi até uma farmácia comprar o remédio, recebeu do atendente o “tartarato de brimonidina”, um colírio para o tratamento de glaucoma.
Sem perceber, a família deu o colírio para a criança ingerir. Depois disso, o menino começou a chorar e gritar de dor. A mãe o levou de volta para UPA e os médicos chegaram a intuba-lo, mas ele não resistiu e morreu na madrugada do dia 5 de março.