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Menino de 2 anos é internado em estado gravíssimo após ser espancado pelo padrasto.


Uma criança de dois anos foi internada em estado grave após ter sido espancada pelo padrasto em Rio Verde, a 232 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil (PC), o menino já vinha sendo agredido e, na manhã de domingo (20), foi socorrido depois de supostamente ser jogado com força contra um colchão por chorar durante a noite.

O padrasto foi preso na noite de domingo (20). A criança foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas na manhã desta segunda-feira (21) foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).O delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, afirma que a UPA não tinha aparelhos para constatar a gravidade da lesão cerebral.

“A criança chegou à unidade sem lesões externas, mas com um quadro de traumatismo crânio cervical. Entretanto, ela teve morte encefálica”, afirmou o investigador. O POPULAR entrou em contato com a unidade que informou que o paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado gravíssimo e com suporte de respiração mecânica.

“O paciente está sendo acompanhado pela equipe multiprofissional da unidade. Não foi declarada morte encefálica até o presente momento”, destacou o Hugol em nota à imprensa.

Como aconteceu

Adelson conta que, inicialmente, o padrasto inventou histórias para justificar o que aconteceu, mas, durante a depoimento, confessou o crime. “A mãe havia saído durante a madrugada e a criança acordou com medo, vendo-se em uma ambiente somente com o padrasto. Nesse momento, ele começou a chorar e procurar pela mãe pela casa”, narrou.

Irritado por ter sido acordado, o padrasto teria começado a agredir a criança. De acordo com o delegado, ela foi jogada violentamente contra um colchão “muito fino” que estava no chão. “Ela bateu no colchão e ainda levantou. Então, uma segunda vez o padrasto pegou ela e tacou no colchão, momento em que ela perdeu os sentidos e começou a convulsionar”, relatou.

Histórico

O investigador ainda destacou que essa não seria a primeira agressão. “A criança já sofria agressões, ela tem várias marcas pelo corpo de queimaduras e lesões. Além disso, estava com o braço quebrado, uma fratura recente de apenas uma semana”, enfatizou. Vizinhos também contaram aos policiais que ouviam a criança chorar bastante.

“A babá também foi ouvida na delegacia e, durante o depoimento, ela contou que a criança sempre aparecia com novas marcas e machucados. Nas pernas, braços, abdômen e cabeça. Ela contou que às vezes não podia lavar o cabelo da criança, pois ela sempre reclamava de dor e que toda vez que o padrasto pegava ela, o menino chorava”, finalizou.


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