O diretor do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), Marlon Caiado, admitiu a possibilidade de lançar-se candidato a prefeito na eleição municipal do próximo ano. O gestor, que preside o União Brasil na cidade, foi sondado pela executiva estadual em reunião na última semana e topou o desafio de tentar construir uma candidatura.
À Rádio Manchester, Caiado destacou que, historicamente, a sigla participa das chapas majoritárias e o desejo para 2024 é que isso volte a acontecer. O diretor, primo do governador Ronaldo Caiado, colocou-se à disposição e ressaltou que faz um trabalho digno de atenção dos eleitores no Daia.
“Sempre que o partido precisar meu nome estará à disposição. Sabemos da responsabilidade grande que é disputar uma eleição, mas hoje estamos cacifados para isso. Temos feito uma gestão muito boa aqui no Daia. Temos malha asfáltica de qualidade, resolvemos o problema da água. Isso nos cacifa a pleitear algo maior para o partido aqui na cidade”, frisou.
Contudo, o próprio Caiado diz que agora é hora de construção, uma vez que o pleito está 18 meses à frente. Pelo projeto do União Brasil, o diretor do Daia afirma que terá muitas conversas, sobretudo com outras legendas. “Vamos avaliar, sentar com os companheiros e com os partidos para viabilizar uma candidatura”, completou.
O foco agora é fortalecer o partido em Anápolis, com a montagem de uma chapa forte de vereadores. “O pleito ainda está muito longe. Temos que unir o partido em Anápolis, fazer uma chapa forte de vereadores. Estamos alinhavando isso tudo. Ninguém vai jogar o nome numa aventura se não tiver densidade eleitoral. A gente tem que trabalhar isso com muita seriedade”, destaca.
Entre os nomes sondados para voltar à legenda está Rebeca Romero, que foi candidata a vereadora na última eleição. Ela migrou para o MDB, mas poderia retornar. “Queremos que ela componha conosco”, apontou o presidente do UB.
Aliança com MDB
Os diretórios estaduais de União Brasil e MDB definiram que os partidos terão aliança em todos os 246 municípios de Goiás no próximo ano. Em Anápolis, a chapa também deverá ter, segundo Marlon Caiado, representantes das duas legendas.
“Nos locais em que o MDB tiver candidato a prefeito, o União Brasil terá a vice. Quando o União tiver o candidato a prefeito, o MDB fará a vice”, asseverou.
Em Anápolis, o MDB tem outros dois pretensos candidatos: o deputado estadual Amilton Filho e Márcio Corrêa. Caiado diz não ver problema que o União Brasil fique na vice, desde que o candidato da cabeça de chapa seja competitivo. “Se o MDB tiver o candidato com maior densidade e for melhor avaliado nas pesquisas, podemos colocar um outro nome para ser o vice”, responde. Marlon, porém, descarta ser vice.
União da base
O União Brasil integra a base do prefeito Roberto Naves (PP), que já tem diversos pretensos candidatos à sucessão, como o vice-presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Leandro Ribeiro (PP) e o vice-prefeito Márcio Cândido (PSC). Marlon Caiado, embora não descarte candidatura própria do partido, defende que, acima de tudo, deve haver união nas legendas de suporte à administração para não fortalecer a oposição.
“O que temos que calcular bem e pensar bastante para não cometer erros. Os partidos da base aliada não podem se dividirem numa eleição e jogá-la no colo de um partido que não queremos que administre mais a nossa cidade”, avaliou.