A Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de Goiás (Fuceg) emitiu uma nota de repúdio após receber denúncia de que um umbandista sofreu intolerância religiosa na rua e depois na delegacia ao tentar registrar o crime, em Goiânia. O alvo conseguiu registrar a situação inicial no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri).
Segundo comunicado publicado pela Fuceg nas redes sociais, no domingo (6), o segundo crime de intolerância religiosa aconteceu no 9º Distrito Policial.
Segundo registro no Geacri, na última quarta-feira (2), a vítima de intolerância estava a caminho do centro religioso que frequenta quando foi notada por um grupo de cinco homens.
De acordo com o relato, o umbandista caminhava vestido de branco e usando as guias (que são colares de contas comuns na religião dele), quando ouviu um dos homens dizer: “Olha lá aquele negócio no pescoço dele. Isso é coisa de macumba, coisa do demônio”.
A vítima contou à corporação que percebeu os cinco homens começando a segui-lo e, com medo, saiu correndo e ouviu o grupo gritar: “Volta aqui, seu macumbeiro filho da puta”.
A nota divulgada pela Fuceg nas redes sociais, o órgão afirmou que “o incidente que ocorreu fora da delegacia tem fortes indícios de natureza criminosa e que o homem sofreu o mesmo crime pelo delegado da 9º DP”.
A Federação disse ainda que “tomará as providências cabíveis ao caso”.