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Fisiculturista indiciado por matar a companheira por espancamento diz que foi agredido na prisão


O fisiculturista Igor Porto Galvão, indiciado por matar a companheira Marcela Luise de Souza Ferreira por espancamento, relatou ter sofrido agressões na Unidade Prisional Central Regional de Triagem, em Aparecida de Goiania. De acordo com a defesa de Igor, as agressões aconteceram após a audiência de custódia, no último dia 20 de maio.

Fisiculturista indiciado por matar a companheira diz que foi agredido por policiais penais na prisão

Segundo o advogado de Igor, o detento comunicou que foi agredido com socos, tapas e chineladas por quatro policiais penais. A defesa informou que o Policial Penal Supervisor de Segurança, ao perceber as lesões, tomou todas as providências cabíveis e garantiu a segurança do fisiculturista.

A defesa informou ainda que a corregedoria da Polícia
Penal instaurou um procedimento administrativo para averiguar as agressões. Igor Porto Galvão foi preso no último dia 18 e segue em prisão preventiva. Segundo o advogado, a liminar do habeas corpus foi negada e a questão será julgada dentro de cerca de 10 dias.
O POPULAR solicitou esclarecimentos para a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) acerca do ocorrido, na manhã deste domingo (26), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Marcela Luise de Souza Ferreira, de 31 anos, morreu na terça-feira (21), em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A mulher deu entrada na unidade de saúde com diversas lesões e fraturas, entre elas, oito costelas quebradas e traumatismo craniano.

O marido dela é suspeito de tê-la espancado e vai responder por feminicídio consumado, segundo a Polícia Civil.
Igor levou Marcela para o hospital no último dia 10. Na ocasião, disse que a mulher teria caído enquanto limpava a casa. A mesma justificativa o fisiculturista teria dado para a sogra, que mora em Brasília, por telefone.

"Ele Ilgor] me ligou e falou: 'Cida, vem para Goiânia que a Marcela machucou. E eu falei: 'como ela se machucou?. Fiquei nervosa, primeiro pelo telefone dele, porque ele não é de me ligar. Quando ele me falou que ela tinha caído, eu desliguei o telefone, abracei o meu esposo e falei 'foi ele"", relembrou.

Investigação
O caso de Marcela passou a ser investigado quatro dias após ela ser internada no hospital, após a equipe médica suspeitar das alegações dadas por Igor, sobre as lesões na mulher.
Depois disso, a delegada Bruna Coelho ouviu testemunhas, solicitou imagens de câmeras e pediu perícias na casa do casal. Além disso, na última sexta-feira (18), o fisiculturista foi preso suspeito de espancar Marcela.

Igor Porto Galbão foi indiciado na sexta-feira (24) pelo crime de feminicídio. De acordo com a delegada, para a polícia não há dúvidas de que a intenção de Igor ao agredir Marcela, era matá-la.
Inconsciente
Marcela foi levada inconsciente ao hospital na tarde do dia 10 de maio, conforme as investigações. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que o fisiculturista saiu com o carro do condomínio que o casal morava.

Veja a nota completa da defesa do fisiculturista
"A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações.
Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.

Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrario a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar perícia, e ele autorizou.
Perícia essa que teve como resultado inconclusiva.

Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Au x ridade Policial.

Até o presente momento o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere."


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