Após as polêmicas envolvendo a contratação de seus shows por prefeituras, situação que passou a ser alvo de investigação do Ministério Público, o cantor sertanejo Gusttavo Lima, de 32 anos, fez uma live em que nega irregularidades e se diz vítima de perseguição.
Na transmissão, o cantor, que recentemente teve um show contratado – e cancelado - por R$ 1,2 milhão pela prefeitura de um município de Minas Gerais, chora, diz que não “compactua com dinheiro público" e que está “a ponto de jogar a toalha”.
A transmissão foi feita no Instagram na noite desta segunda-feira (30). Segundo Lima, “é muito triste ser esculhambado, tratado como se fosse um criminoso, um bandido”. “Aqui existe um ser humano, um pai de família, ninguém aqui é bandido", disse o artista.
Apesar de admitir que cobra das prefeituras o mesmo valor de contratantes privados, o cantor sertanejo disse que nunca se “beneficiou ‘sobre’ dinheiro público” e que não compactua com esse tipo de verba. “Sobre shows de prefeitura, acho que todos os artistas fazem ou já fizeram show de prefeitura e isso, na minha forma de pensar, é sobre valorizar a nossa arte", declarou.
"Eu já trabalho para c***** para ter o meu dinheiro, eu não quero dinheiro do povo [...] De coração, eu juro para vocês que estou cansado, estou a ponto de jogar a toalha", afirmou.
Entenda
O Ministério Público de Contas de Minas Gerais instaurou, recentemente, um procedimento preparatório para apurar a possível existência de irregularidades na contratação de uma apresentação de Gusttavo Lima pela Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais.
Lima receberia o montante de R$ 1,2 milhão pelo show, montante proveniente da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Após a polêmica envolvendo a quantia, o show foi cancelado.
Além disso, o Ministério Público do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar se houve irregularidades na contratação do sertanejo para um show em Magé, a 100 quilômetros da capital fluminense, por R$ 1 milhão.
Vale destacar que Lima é um dos cantores no alvo das polêmicas envolvendo o pagamento de cachês milionários a artistas sertanejos com verba pública. O assunto veio à tona após o cantor Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, fazer críticas à cantora Anitta e dizer que “não dependia da lei Rouanet”.