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Banco de Leite de Anápolis pede ajuda da população para aumentar estoque do alimento.


Processo facilitado inclui atendimento domiciliar a doadoras e leite coletado passa por pasteurização e análise de qualidade.

“Aqui é o céu das mamães na Terra”. Foi dessa forma que Patrícia Gratão se referiu ao Banco de Leite Humano de Anápolis, local que procurou diante da novidade de ser mãe pela primeira vez e das dificuldades para amamentar. “Cheguei abalada e saí outra pessoa. O espaço oferece todo o suporte que uma mãe precisa”. Além da orientação sobre a amamentação, Patrícia também recebeu suporte psicológico e de odontologia para ela e seu bebê.

E o amor recebido por Patrícia acabou desenhando uma via de mão dupla. Ao conhecer o trabalho da unidade, ficou sabendo que o Banco de Leite Humano também depende de doação. O local é responsável pela coleta, processamento e controle de qualidade do leite que vai ajudar mães que não tiveram a produção necessária e bebês que estão em leitos de UTI. “Agora, além de paciente, sou doadora. Aproveito para incentivar outras mães que façam o mesmo”, ressalta.

A conscientização sobre a doação do leite materno é uma rotina no Banco de Leite com o trabalho da equipe em unidades de saúde e hospitais, instruindo e ressaltando a relevância do ato. “O nosso estoque está baixo e precisamos de doação. Por isso pedimos que, quem tiver essa disposição, nos procure presencialmente, por telefone ou WhatsApp, e se cadastre. Nós vamos em casa, fornecemos todos os exames necessários para a doação. Toda ajuda é bem-vinda”, destaca a enfermeira Raquel Rodrigues.

E realmente qualquer quantidade faz a diferença. “Um frasco com 500 ml de leite pode alimentar dez bebês em uma UTI”, frisa. Raquel explica que a escolha das doadoras é feita por triagem. Elas recebem atendimento individual para saber sobre a rotina e histórico de saúde, entre outras condições, e claro, as informações necessárias para a coleta segura.

O leite coletado passa por um processo de pasteurização e análise de qualidade. Todo cuidado é tomado para que os bebês recebam um produto bom e nutritivo. Algumas mães possuem problemas familiares e psicológicos que podem atrapalhar no resultado do leite produzido. Com o atendimento em psicologia, implantado pela atual gestão, as doadoras contam com um apoio que faz toda a diferença.

A cada dia da semana é feito um atendimento domiciliar às doadoras ativas. Os profissionais responsáveis realizam um tipo de rodízio nos bairros e passam nas casas recolhendo o leite com toda a segurança necessária para garantir a qualidade do produto e dar mais comodidade às doadoras.

Desde dezembro de 2018, o Banco de Leite Humano Elaine Miriam de Oliveira possui sede própria no Bairro São Joaquim e teve a assistência ampliada às gestantes, mulheres pós-parto e em fase de amamentação, e também aos pequenos.

Para isso, conta com uma equipe multidisciplinar composta por especialistas em pediatria, psicologia, enfermagem, odontologia e odontopediatria. Esse último ainda oferece a frenectomia, uma pequena cirurgia que consiste em cortar e remover o freio, que é uma “prega” fina de tecido fibroso (tipo membrana), presente na boca do bebê, conforme orientação médica.

Banco de Leite Humano Elaine Miriam de Oliveira
Endereço: Avenida Cachoeira Dourada, Praça Martins – Bairro São Joaquim
Telefones: 0800 646 3223, 3902-1722 e 99967-7251 (WhatsApp)


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