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Aparelhos celulares podem sofrer danos durante a onda de calor; entenda


As ondas de calor que afetaram Goiás neste mês de novembro acenderam alertas. Um deles é em relação ao superaquecimento de celulares. Mas será que os aparelhos eletrônicos sofrem com as mudanças climáticas? Para responder está e outras perguntas, O POPULAR entrevistou o especialista em tecnologia Arthur Igreja e o doutor em Telecomunicações e professor da Escola de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Goiás (UFG) Leonardo Guerra.

De acordo com os especialistas, o superaquecimento de celulares por interferência climática, ou seja, por calor intenso, "não é normal". Isso porque os aparelhos são preparados para não absorver o calor externo e possuem "mecanismos defesa" para se protegerem em casos extremos.

Se você tem um Iphone, por exemplo, e deixa ele exposto ao sol, ele vai emitir um alerta de superaquecimento e vai desligar", explicou Guerra, que ainda relatou que, em caso de em outras situações, por interferência climática, o superaquecimento não deve acontecer.

Entretanto, conforme Arthur Igreja, apesar de não ser um evento comum, com os termômetros marcando temperaturas acimas dos 39ºC, os aparelhos celulares podem ficar mais quentes, possibilitando curtos-circuitos e explosões.

Não é uma variação pequena de temperatura que tem o ocorrido nos últimos dias. Estamos vendo situações extremas e é importante ressaltar que problemas de superaquecimento ou explosões não envolvem apenas situações com a temperatura ambiente", disse Arthur.

O especialista ainda reforça que "se, por exemplo, uma pessoa deixa o aparelho no console do carro ou em numa área exposta ao calor, o tempo que vai levar para o celular chegar em sobreaquecimento será imensamente mais curto." Ele completou dizendo: "A tendência é, sim, que aumente a incidência desse tipo de caso [explosão de celulares] e é importante ficar sempre atento", concluiu.

Dicas
Para evitar que o celular superaqueça, segundo Arthur Igreja, principalmente em dias de muito calor, é importante "não deixar o aparelho exposto diretamente ao sol ou sobre superfícies quentes", como próximo de fogões.

O especialista ainda alerta para o cuidado com o brilho da tela. "Agrava muito essa questão do aquecimento. Muitas vezes se o celular estiver só com o brilho no máximo ele já superaquece", afirmou.

Arthur e Leonardo ainda reforçam para atenção ao adquirir carregadores que não originais de fábrica. "Eles podem levar uma carga energética que vai prejudicar a bateria do celular e pode causar curto. Ai as explosões que você vê são os gases que a bateria elimina", detalhou Leonardo.

"Já ao usar os carregadores originais, não colocar para carregar, por exemplo, em uma tomada que pega sol", disse Arthur, que relatou que essa situação favorece o superaquecimento e eventuais explosões.

Não ignore sinais
Além dos cuidados já mencionados acima pelos especialistas, eles advertem os usuários para que não ignorem os sinais de que o celular possa estar superaquecido.

Os profissionais ainda lembram que a maior parte dos aparelhos, hoje, tem medidor de temperatura, ou seja, o próprio celular indica que ele está passando por sobreaquecimento.

E a recomendação é respeitar esse aviso. Não dá para simplesmente forçar ou ignorar. Tem que deixá-lo em um ambiente menos quente e esperar que resfrie para voltar a usá-lo", concluiu Arthur Igreja.


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