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Senna deve se tornar patrono do esporte no país. Sua história também passou por Anápolis.


O PL 2.793/2019, que confere o título ao piloto tricampeão de Fórmula 1, está na pauta de votações do Plenário na quarta-feira (29).

Já aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta passou pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) em dezembro do ano passado.

O texto recebeu parecer favorável do relator na época, o ex-senador catarinense Dário Berger. O relatório foi lido na CE pelo senador Zequinha Marinho (PL-PA).

Caça Mirage personalizado para homenagear Ayrton Senna

“Ele foi um ídolo nacional que representava a esperança de um povo carente de vitórias e grandes conquistas. Ele proporcionava a alegria das manhãs de domingo, a certeza da vitória e, em cada conquista, fazia questão de demonstrar o seu orgulho de ser brasileiro”, apontou Dário Berger no relatório.

Breve histórico

Ayrton Senna da Silva foi piloto de Fórmula 1 nas décadas de 1980 e 1990. Ele nasceu em São Paulo, no dia 21 de março de 1960, e morreu de maneira trágica em 1º de maio de 1994, aos 34 anos, após colidir com uma mureta de proteção no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália.

Caça Mirage personalizado para homenagear Ayrton Senna

O piloto brasileiro foi por três vezes campeão de Fórmula 1, em 1988, 1990 e 1991. Começou sua carreira competindo no kart em 1973, aos 13 anos, e em “carros de fórmula” em 1981, quando venceu as fórmulas Ford 1600 e 2000.

Era uma quarta-feira, 29 de março de 1989. Amanhecia dentro das instalações do Esquadrão Jaguar (1º GDA), localizado na então Base Aérea de Anápolis. Mas não era apenas um dia normal. Dois Mirage III do esquadrão estavam em voo para interceptar e conduzir a aeronave PT-ASN que entrava nos radares de Brasília.

A bordo, o então campeão mundial da Fórmula 1, Ayrton Senna.

Há 34 anos, o piloto conheceu as instalações da unidade, embarcou a bordo do Mirage III e inspirou a todos os brasileiros em uma data lembrada com carinho até hoje.

Ao desembarcar em Anápolis, Senna foi recebido por militares da Base Aérea, do 1º GDA e do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), que havia organizado a visita.

Na sede do Esquadrão Jaguar, Ayrton Senna cedeu entrevistas à imprensa, foi equipado para o voo e recebeu o briefing para embarcar no Mirage III.

O comandante do voo seria o Tenente-Coronel Alberto de Paiva Cortes, que havia recém-assumido o Comando do 1º GDA.

No briefing, Senna foi sincero com o Comandante: queria sentir a velocidade do Mirage III.

Velocidade de Mach

Após deixar o solo, era hora das manobras: aos 36 mil pés (quase 11 km), o Tenente-Coronel Cortes acelerou até romper a barreira do som e atingiu a velocidade de Mach 1.4, correspondente a 1.728 km/h.

Em um rasante, o Mirage III chegou a Mach 0.95 (1.173 km/h) – mesmo em comunicação com a equipe em solo, a velocidade surpreendeu os fotógrafos e cinegrafistas que tentavam registrar o voo.

Senna ainda permaneceu com o esquadrão após o voo: trocou lembranças e recebeu um certificado do voo supersônico, fazendo questão de levar consigo a tarjeta do macacão personalizada com seu nome e o brevê da FAB.

Hoje, o Mirage III matrícula FAB 4904 utilizado em 1989 está exposto para visitação no Museu Aeroespacial (MUSAL), unidade vinculada ao Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), localizada no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro (RJ).

Na fuselagem do supersônico, estão eternizados os nomes dos tripulantes e a data daquele voo. (Fontes: Agência Senado e Agência Força Aérea Brasileira


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