O Sindicato dos Médicos de Anápolis (Simea) afirmou que mais de 250 médicos que atuam nos hospitais públicos de Anápolis vão parar as atividades a partir de sexta-feira, dia 15. A categoria elenca 21 reivindicações não atendidas, dentre elas, salários defasados, retirada de gratificação, melhores condições de trabalhos e alega perseguição dos concursados. A greve inclui concursados, credenciados e médicos do estado que atuam na cidade.
De acordo com o sindicato, o secretário de Saúde, Júlio César Espindola, se comprometeu a responder as demandas antes do dia 27 setembro, o que não ocorreu. “Apesar de inúmeras tentativas de abrir um canal de comunicação com o prefeito Roberto Naves e com o secretário de saúde, a categoria médica não obteve sucesso”, diz o comunicado do Simea, publicado no último dia 30. Confira as reinvindicações da classe.
Nota da Secretaria
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) afirmou que a cidade se destacou nacionalmente com as ações de combate à Covid-19 e que os efeitos da pós-pandemia começaram a ser enfrentados. “Respeitamos as manifestações dos médicos, mas cabe destacar que uma possível greve soa distante da ideia de união e bom senso para este momento”, afirma. Segundo a pasta, Anápolis foi uma das poucas cidades no Brasil a municipalizar o atendimento de alta complexidade.
“Reconhecemos a necessidade de promover melhorias e já estamos em fase de execução de um extenso plano para atender este objetivo. Acreditamos que o diálogo irá sempre prevalecer sobre quaisquer outros interesses”, diz a nota assinada pelo secretário de Saúde, Júlio César Espindola. Leia a nota completa.
Nos bastidores, a guerra entre Simea e Semusa é mais franca. Os médicos demonstram resistência à introdução do ponto eletrônicos nas unidades de saúde da rede municipal e veem com reserva o compartilhamento da gestão de postinhos e Unidades de Pronto Atendimento às organizações sociais. O anúncio desse modelo de trabalho foi feito pelo prefeito Roberto Naves (PP) no final do mês de setembro.