Uma travesti, de 22 anos, morreu na última quarta-feira (8), no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (HUANA), a 60 km de Goiânia, duas semanas após realizar uma cirurgia plástica. A família denuncia que o procedimento foi realizado em uma clínica clandestina em Goiás e cobra uma investigação.
Segundo amigas da vítima, ela teria injetado 2 litros de silicone industrial nas nádegas e, após a cirurgia, teria sofrido uma grave infecção que resultou na morte da jovem. Entretanto, familiares alegam que algumas delas afirmam que o procedimento foi realizado em São Paulo (SP) e outras que foi aqui na região.
O delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios da cidade, Vander Coelho, explica que a Polícia Civil (PC) foi informada de que a cirurgia plástica teria sido realizada em SP e, por isso, não tem atribuição para atuar no caso, visto que deveria ser investigado pela delegacia de onde ocorreu o crime.
“Ainda que a morte tenha sido em Anápolis, se o óbito foi em decorrência de um procedimento malsucedido, seria um homicídio culposo e a delegacia distrital da área seria a responsável pela investigação e não a divisão de homicídios, uma vez que cuidamos dos homicídios dolosos”, afirma.
Além disso, segundo ele, os familiares disseram que realizariam os procedimentos de liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML), em Anápolis, e iriam até a delegacia, mas “ainda não estiveram” no local. A reportagem tentou contato com a família da jovem, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.