As filas de até seis quilômetros de extensão nas margens das vias que dão acesso ao Distrito Agro Industrial de Anápolis vão acabar. A Codego Daia, que administra o distrito conseguiu junto à direção geral da Codego a autorização para o uso do pátio da Plataforma Multimodal de Anápolis, para servir como estacionamento para os veículos de carga que fazem carga e descarga no distrito diariamente.
A solução resolve um dos maiores gargalos do trânsito no distrito. Todos os dias centenas de caminhões e carretas de grande porte atravancavam as margens da via principal e secundárias, formando filas de até seis quilômetros de extensão, diminuindo a largura das pistas, tornando o tráfego lento e aumentando o risco de acidentes.
Segundo o gerente da Codego DAIA, Marlon Caiado, o presidente da Codego fez gestões junto à direção da Plataforma Logística para ceder o pátio de manobras da empresa, que não está sendo utilizado, para servir como ponto de parada e estacionamento dos veículos de carga, o que vai desafogar o fluxo dos pesados nas vias do local.
“Nós conseguimos com a Codego a liberação desta área da Plataforma Logística. Contamos com a compreensão do presidente Renato de Castro, e assim vamos praticamente acabar com o transtorno causado pelas longas fila de caminhões que entupiam as vias do Distrito. Contamos também com a colaboração valiosa da Granol, que disponibilizou banheiros químicos para servir aos motoristas e a empresa vai fazer mais ainda, criando também condições para os motoristas tomarem banho. O mais importante é que conseguimos chegar a uma solução que atendeu a todos a contento”, disse Marlon Caiado.
A grande fluxo de veículos pesados pelo DAIA é reflexo de seu crescimento, atualmente abrigando mais de 160 empresas e sediando o segundo maior polo farmoquímico do país, com 20 grandes laboratórios em funcionamento que trouxeram consigo outras plantas industriais, como as fabricantes de embalagens.
O Daia também abriga uma montadora de veículos, indústrias alimentícias, têxteis, de adubos, de materiais para construção, entre outras. Além de possuir um Porto Seco. O Daia também se tornou o marco zero da Ferrovia Norte-Sul, com pátio de manobra dentro do seu território. Pelo menos 30 mil pessoas trabalham no distrito, mas cerca de 60 mil pessoas estão ligadas indiretamente a ele.
Nos últimos anos, o Daia sofreu pela falta de áreas para abrigar novas empresas. Mas essa realidade começou a mudar a partir de julho do ano passado, representando um novo marco para o distrito.
Sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), uma lei que autoriza o Governo de Goiás a transferir duas áreas da Plataforma Logística Multimodal para a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), ampliado bem mais o distrito.
As áreas incorporadas ao distrito somam 1,163 milhão de metros quadrados e devem ser divididas em 108 módulos industriais. Os terrenos valem R$ 166 milhões e a expectativa que permitam a instalação de empresas que culminarão na criação de 5 mil novos postos de trabalho.