Grupos de notícias



Caso raro: mulher de 19 anos tem gêmeos de pais diferentes em Goiás.


Uma mulher de 19 anos foi mãe de gêmeos de pais diferentes em Goiás. O caso, que veio à tona nesta semana após divulgação por meio do médico que a acompanhou, Túlio Jorge Franco, aconteceu há 1 ano e 4 meses - idade atual dos meninos – em Mineiros, no Sudoeste do estado. O caso, considerado raro, é cientificamente chamado de superfecundação heteroparental e há 20 registros no mundo.

Os meninos são parecidos, mas quando tinham aproximadamente 8 meses surgiram dúvidas em relação à paternidade. Foi então que a jovem fez exames de DNA com o homem que ela acreditava ser o pai. O resultado, entretanto, deu positivo para apenas uma criança. A mãe decidiu refazer os exames e os resultados foram iguais. Ela lembrou que tinha tido relações sexuais com outro homem e conversou com ele para que o DNA fosse feito. O resultado foi positivo para o outro filho.

O médico também é professor universitário e a gestação foi acompanhada por ele e por alunos da faculdade de medicina onde leciona. Agora, um artigo será escrito por um dos estudantes e o objetivo é buscar publicação não apenas em revistas científicas nacionais, mas também internacionais.

Como acontece?

A superfecundação heteroparental acontece quando dois óvulos da mesma mãe são fecundados por pais diferentes. Dessa forma, as crianças são geradas em placentas diferentes e compartilham o material genético da mãe, mas possuem pais distintos.

A fecundação, entretanto, não precisa necessariamente acontecer em 24 horas, podem, segundo as análises médicas sobre o assunto, ter um intervalo de até 10 dias, levando em consideração o período fértil da mulher.

A estimativa mundial é de 8% dos gêmeos bivitelinos foram formandos em momentos diferentes, ou seja, em superfecundação. O que ocorre é que geralmente isso acontece com o mesmo pai, mas são dois óvulos e dos espermatozoides. A diferença é que com homens distintos, mas o processos é igual.

Último registro no mundo

O último caso registrado no mundo foi em agosto de 2018, pelo laboratório do Grupo de Genética de Populações e Identificação da Universidade Nacional da Colômbia. O caso era o 19º registro mundial.


//